Mãe de policial civil abandona emprego para investigar assassinato do filho no RJ
Família acredita que Eduardo Oliveira foi morto por não aceitar participar de esquema
Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record
A mãe de Eduardo Oliveira será assistente de acusação no julgamento da morte do filho nesta segunda-feira (20), às 13h, no Fórum de Caxias, na Baixada Fluminense. Rozemar Vieira abandonou o emprego e a vida social para investigar o crime. O policial civil foi assassinado em um suposto tiroteio na rodovia Washington Luiz, em abril de 2012.
A família acredita que Eduardo Olivera foi morto porque não queria participar de um esquema de corrupção de policiais da Baixada Fluminense.
Eduardo foi assassinado durante uma operação policial. O agente estava acompanhado do inspetor Lincoln Vargas, que apresentou cinco versões diferentes para o caso. No entanto, Rozemar desconfiou da história e decidiu investigar o crime por conta própria.
— Ali, tive a certeza de que tinha que lutar para buscar a verdade. Eu abandonei tudo na minha vida.
Um vídeo obtido pela família contraria a versão do inspetor (assista abaixo). Ele disse que, durante a operação, os dois foram abordados por criminosos. Eduardo teria sido baleado por bandidos que faziam um arrastão na via. Porém, a imagem mostra que a vítima é retirada do carro da Polícia Civil. Ao lado, Lincoln fala ao celular, mas não pede ajuda. Eduardo é socorrido por uma ambulância que passava na hora.
Segundo Rozemar, o vídeo reforça a tese de que o filho foi morto numa emboscada.
— Antes de morrer, meu filho falou: “se algo acontecer comigo, eu quero que você pegue as imagens. As câmeras são importantes para desvendar um crime”.
As imagens só foram divulgadas três anos após a morte de Eduardo e não estão anexadas ao processo. A responsabilidade do crime ainda é de assaltantes que participaram da troca de tiros. Um suspeito já está preso. Porém, Murilo da Silva está foragido.
Para o R7, Rozemar afirmou que o exame de balística comprovou que o tiro que matou Eduardo partiu da arma do inspetor Lincoln Vargas. No entanto, segundo ela, o inquérito concluiu que foi um disparo acidental e o agente foi acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar). Lincoln permanece na Polícia Civil.
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Assista ao vídeo: