Manifestantes ocupam salão da Alerj
Por volta das 17h20, a avenida Rio Branco estava interditada por conta de protesto
Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil
Um grupo de manifestantes ocupou o saguão principal da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) por volta das 17h40 desta quinta-feira (8). Eles conversaram com deputados. Às 19h50, o protesto se concentrava em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia.
O grupo formado por sindicatos de trabalhadores, entidades estudantis, partidos políticos e movimentos populares protestava contra o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes.
Eles se concentraram na Candelária às 16h e, ainda no ínicio, uma pequena confusão ocorreu na entrada da avenida Rio Branco, com policiais tentando conter o avanço dos manifestantes, que seguiam em direção à Alerj.
De acordo com o Centro de Operações, por volta das 17h20, um grupo que protestava no centro do Rio ocupou a avenida Rio Branco, na altura da avenida Presidente Vargas. Às 17h50, o trânsito na via já estava liberado.
O coordenador do Sinduscope (Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro Segundo), Luís Sérgio Ribeiro, disse que as manifestações de sindicatos e estudantes se uniram contra a política do governador Sérgio Cabral.
— No que a gente chama de jornada de junho [os protestos em diversas cidades do país ocorridos no mês de junho], os trabalhadores e estudante foram para as ruas em defesa dos serviços públicos, principalmente na saúde, educação e nos transportes. O movimento conquistou vitórias importantes, como a redução das passagens de ônibus, mas ele teve desdobramentos. É um movimento nacional, mas com implicações estaduais e municipais também, [como os protestos] contra a truculência da polícia.
A diretora do Sintuff (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense), Vânia Ribeiro Santana, explica que a manifestação pede o cumprimento de pautas que vêm sendo reivindicadas a algum tempo.
— No final do ano passado, a gente só conseguiu uma negociação de 5% no salário a cada ano, em um total de três anos. Neste momento, a gente está levantando uma nova pauta de antecipação desses outros 10% nas universidades federais, principalmente dos técnicos administrativos.
Representante da Anel (Assembleia Nacional de Estudantes - Livre), Luiza Carrera diz que a manifestação é contra o governador Sérgio Cabral.
— A gente está aqui porque existe no Rio de Janeiro uma série de mobilizações contra o Sérgio Cabral e a gente as apoia porque hoje o Sérgio Cabral não está do lado dos estudantes, nem da juventude, dos trabalhadores do Rio de Janeiro. [O governador] vem cometendo uma série de coisas contra a população, como a venda do Maracanã, o descaso com a educação no estado do Rio Janeiro, com a saúde pública e com as próprias manifestações em si.