Os 12 militares envolvidos na morte de um músico e um catador de recicláveis, em abril deste ano, estão sendo ouvidos nesta segunda-feira (16), na JMU (Justiça Militar da União), na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. É a primeira vez que os homens do Exército serão ouvidos individualmente desde o incidente.
A Justiça Militar, em seguida, deve receber as provas da defesa dos militares para, assim, dar sequência ao processo e marcar o julgamento do caso, no qual todos os réus respondem em liberdade após habeas corpus concedido pelo STM (Supremo Tribunal Militar).
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Segundo perícia feita no carro do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, os militares acertaram 80 dos 257 disparos feitos contra o veículo, onde também estava a família de uma das vítimas fatais.
O catador de recicláveis, Luciano Macedo, de 27 anos, também morto na ação, tentava ajudar a família de Evaldo a sair do carro. Segundo a esposa, o catador procurava pedaços de madeira para construir um cómodo anexo a sua casa que serviria de quarto para o filho que eles esperavam.
Em nota publicada no dia do incidente, o CML (Comando Militar do Leste) afirmou que os militares atiraram contra suspeitos que estavam em fuga e negou que o carro da família atingido por 80 tiros fosse o alvo.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa