Ministério Público do Trabalho propõe trégua, garis não aceitam e greve continua
Segundo sindicato, greve está mantida até a próxima quarta-feira
Rio de Janeiro|Do R7
A greve dos garis está mantida no Rio de Janeiro após uma reunião da Procuradoria do Ministério Público do Trabalho com o sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio e a comissão grevista, nesta segunda-feira (16). Segundo Antonio Carlos da Silva, vice-presidente do sindicato, a comissão de greve não chegou a um consenso, mas venceu a proposta de continuar o movimento até a próxima quarta-feira.
De acordo com o Ministério Público, na reunião foi proposta uma trégua na greve até quarta-feira, quando ocorre a próxima audiência com o TRT, para descaracterizar a ilegalidade da greve.
A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) não compareceu a reunião desta segunda. Segundo a companhia, a reunião não foi oficial, por isso, a Comlurb não compareceu. Em nota, a empresa informou que piqueteiros impedem o trabalho dos garis nas ruas e o sindicato não está cumprindo o percentual de 75% em serviço.
Segundo Carlos da Silva, vice-presidente do sindicato, este ano diferente da greve do ano passado, a coleta, que é o principal está sendo feita, e apesar de locais precários, a cidade do Rio está limpa.
Para terça-feira está prevista uma caminhada dos garis da Candelária até a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova.
Entenda o caso
Os garis do Rio entraram em greve à meia-noite desta sexta-feira (13). De acordo com o SEEACMRJ (Sindicato dos Empregados e Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro), a decisão de paralisação foi tomada após a categoria recusar proposta de reajuste feita pela Comlurb.
A categoria reivindica aumento de 40% no piso salarial e mais a inflação acumulada do ano, além de aumento do vale-refeição de R$ 20 para R$ 27 por dia. De acordo com a Comlurb, a Justiça do Trabalho concedeu liminar na madrugada desta sexta declarando a greve ilegal.