Ministra critica ação da PM contra professores e cria grupo para debater com Secretaria de Segurança do Rio

Após receber uma carta da ONG Justiça Global denunciando os casos de repressão às manifestações dos professores no Rio de Janeiro, o CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), resolveu criar um grupo para dialogar com o governo do Estado do Rio e com a Secretaria de Segurança Pública.

O documento foi acolhido pelo órgão liderado pela ministra Maria do Rosário, que expressou seu apoio ao direito à livre manifestação de pensamento e reafirmou a centralidade do princípio da não violência no âmbito das manifestações públicas.

— Nada justifica ações violentas da polícia contra os professores. Diálogo, respeito constroem soluções entre governos e sociedade na democracia.

O objetivo do grupo ligado à Comissão Especial de Segurança Pública é reforçar as recomendações das resoluções 08/2012 (que recomenda a abolição do termo "auto de resistência"), 05/2013 (que dispõe sobre a regulamentação dos armamentos menos letais) e 06/2013 (sobre o estabelecimento de procedimentos para as polícias em manifestações públicas), aprovadas pelo CDDPH.

O deputado federal Alexandre Molon (PT-RJ) esteve na reunião e relatou os casos de repressão que chegaram até o seu gabinete.

— A presença da polícia não serviu para garantir a manifestação, mas para isolar a Câmara e dispersar as pessoas.