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Morte em Manguinhos: comissão da Alerj vai oferecer assistência psicológica à família de adolescente

Presidente da Comissão de Direitos Humanos também agendou depoimento de familiares na DH

Rio de Janeiro|Do R7*

Cristian foi baleado e morreu durante ação policial em Manguinhos
Cristian foi baleado e morreu durante ação policial em Manguinhos

A Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) vai oferecer assistência psicológica à família de Cristian Soares da Silva, de 13 anos, morto durante operação da Polícia Civil em Manguinhos, zona norte do Rio, na última terça-feira (8). O presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSOL), se reuniu na quinta-feira (10) com a família do adolescente. Além dos parentes da vítima, participaram da reunião representantes da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e da Coordenação de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado.

Durante o encontro Freixo criticou a ação e o despreparo da polícia.

— Foi uma tragédia. Em Manguinhos é o quinto caso. As operações precisam ter mais responsabilidade e inteligência. Não se age assim no Leblon e em Ipanema. Se age assim em Manguinhos. Qual foi o resultado dessa operação? Morte. Não foi a primeira e nem vai ser a última.

Segundo o deputado, a Comissão conseguiu que o delegado Rivaldo colhesse o depoimento dos familiares do menino na próxima segunda-feira (14).


Os encontros com vítimas de violência é uma rotina comum da comissão, que entra em contato com as pessoas para prestar assistência. Para o deputado, o amparo da comissão a essas pessoas faz parte das atribuições dessa frente de trabalho do legislativo.

— É nossa obrigação. Também damos assistência às famílias de policiais. A gente é procurado pelas famílias para reparar violações de direitos humanos. A retirada da vida é a maior delas.


Entenda o caso

A troca de tiros, que resultou na morte de Cristian, ocorreu durante operação de policiais da Core (Coordenadoria de Operações Especiais) da Polícia Civil e da Divisão de Homicídios, com apoio de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) de Manguinhos. Eles buscavam quatro suspeitos de assassinar o policial militar Clayton Dias, de 26 anos, que trabalhava na UPP, em abril, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Policiais disseram que foram atacados por criminosos ao chegar à comunidade.


A organização Fórum Social de Manguinhos divulgou uma nota de repúdio à morte do adolescente e creditou o assassinato aos policiais que participaram da ação. "Ele jogava bola, atividade cotidiana para qualquer criança, preta ou branca, na favela ou na zona sul. A diferença é que as crianças brancas da zona sul não precisam correr de policiais, tão pouco das balas que vêm de seus fuzis".

O delegado Rivaldo negou que uma pistola, munição e rádio-transmissor apreendidos pertenciam à vítima. Apesar de, segundo a polícia, Cristian ter quatro anotações criminais — duas por furto e duas por roubo — eles não estava envolvido no confronto e está sendo tradado como vítima.

*Colaborou Victor Sena, do R7 Rio

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