Motoristas do BRT continuam em greve apesar de liminar da Justiça
Prefeitura divulgou plano de contingência. Sindicato informou que está em contato com funcionários para que retornem
Rio de Janeiro|Do R7
Os motoristas do BRT não voltaram a trabalhar na manhã deste sábado (26), apesar da liminar da Justiça que determinou, ontem, o retorno imediato de ao menos 80% da frota do sistema.
A Mobi-Rio, empresa pública gestora do serviço, informou que vai entrar com uma petição na Justiça para que seja iniciada a cobrança da multa diária de R$ 100 mil.
Por meio de nota, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, declarou que liminar é para ser "cumprida e não discutida" e que a direção do sindicato está entrando em contato com os motoristas do BRT para pedir que eles retornem ao trabalho.
A prefeitura divulgou um plano de contingência para reduzir os transtornos causados pela greve que afeta todo o sistema BRT desde sexta-feira (15) na cidade do Rio.
Plano de contingência
-Linha 10 - Santa Cruz x Alvorada-direto: 28 carros/ 5 min;
-Linha 12 - Pingo d'Água x Alvorada direto: 28 carros/5 min;
- Linha 20: Santa Cruz x Salvador Allende, expresso / 10 min;
- Linha 19: Pingo D'água x Salvador Allende, expresso / 8 min;
- Linha 25: Mato Alto x Alvorada, parador / 10 min.
Ônibus Convencionais
Nas áreas desatendidas, a população deverá buscar as linhas convencionais.
No trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são 803, 900, 766 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus, o ponto final da linha 565 será estendido temporariamente até o Terminal Paulo da Portela, em Madureira, e fará retorno próximo ao viaduto de Cascadura.
No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck.
No trecho entre Madureira e Penha, o usuário tem as linhas 721 e 355 como opção.
No trecho entre Penha e Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313.
Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.
Paralisação dos motoristas
A paralisação dos motoristas começou na madrugada desta sexta (15), nove dias depois de a Prefeitura do Rio retomar a gestão do serviço por meio da empresa pública Mobi.
De acordo com a prefeitura, não houve aviso prévio por parte dos motoristas a respeito da greve. O prefeito Eduardo Paes chegou a dizer que o movimento seria uma "tentativa de empresários do setor para chantagear a prefeitura usando de forma covarde os trabalhadores do BRT".
A categoria reivindica um novo contrato para a garantia de direitos trabalhistas, como reajuste salarial, plano de saúde, auxílio-desemprego e contratação de funcionários que estão afastados pelo INSS.
O Sindicato dos Rodoviários afirmou que nenhuma das partes usará a categoria como "massa de manobra" e que está em negociação com a prefeitura sobre a demissão de 60 funcionários que haviam sido afastados. O sindicato alegou que a paralisação foi uma iniciativa dos motoristas.