MP-RJ derruba prédio comercial da milícia em Rio das Pedras
Edifício de dois andares na estrada do Itanhangá abrigava lojas que seriam alugadas pelos comerciantes locais
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) faz, na manhã desta sexta-feira (10), uma operação integrada para demolir um prédio comercial que estava sendo construído pela milícia de Rio das Pedras, na zona oeste da cidade. Segundo informações, o edifício de dois andares estava em área pública.
De acordo com as investigações, o prédio comportaria lojas que seriam alugadas pela organização criminosa a comerciantes locais. A construção irregular está localizada na estrada do Itanhangá, 625.
Essa é mais uma ação na comunidade contra edifícios irregulares do grupo que domina a região. No dia 26 de novembro, um prédio também foi demolido.
Agentes da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado para enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência trabalham na ação. Além do MP-RJ, participam da operação a Secretaria Municipal de Ordem Pública, o Comando de Policiamento Ambiental da PM, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos e a Guarda Municipal do Rio.
Prédios na milícia na zona oeste
Em 11 de novembro, quatro retroescavadeiras hidráulicas de milicianos foram apreendidas em Santa Cruz. Seis dias antes, houve uma demolição em uma unidade de conservação de Campo Grande.
A força-tarefa do MP-RJ participou da demolição da casa do braço direito de Adriano da Nóbrega, o miliciano Luis Carlos Felipe Martins, conhecido como Orelha. A residência estava escondida no Parque Natural Municipal de Grumari, em uma Unidade de Conservação de Proteção Integral.
Também em um parque, dessa vez estadual, dois condomínios irregulares foram demolidos. A ação ocorreu no Parque Estadual da Pedra Branca, em Senador Camará.
A força-tarefa para enfrentamento à ocupação irregular do solo urbano foi criada no dia 19 de outubro deste ano, pelo procurador-geral de Justiça. O objetivo é auxiliar os promotores de Justiça no combate à ocupação irregular do solo no Rio de Janeiro e aos crimes contra o meio ambiente, entre outras áreas, como a de planejamento – que abrange bairros das zonas oeste e norte da cidade.