MPF pede revogação de prisão domiciliar de mulher de Sérgio Cabral
Juiz Marcelo Bretas converteu a prisão preventiva de Adriana Ancelmo para domiciliar
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
O MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janero pediu à Justiça uma liminar para suspender a decisão que determinou que a mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), Adriana Ancelmo, passe para o regime de prisão domiciliar. A mudança de regime tinha sido determinada na semana passada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Adriana Ancelmo foi presa em dezembro durante a Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. A ex-primeira dama foi denunciada pelo MPF por lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa. A prisão preventiva da advogada também havia sido decretada pelo juiz Marcelo Bretas, que aceitou denúncia também contra Cabral.
O juiz cita no despacho que, segundo o MPF, o aprofundamento das investigações revelou que Ancelmo "ocuparia posição central na organização criminosa capitaneada por seu marido, Sérgio Cabral".
Na decisão de alterar o regime de Ancelmo, Bretas estabeleceu que a ré não deverá ter acesso a internet nem telefone. A mudança para prisão domiciliar considera o fato do casal ter dois filhos, um de 11 e outro de 14 anos, diz o juiz em sua decisão.
Entretanto, para o MPF, a revogação da prisão preventiva de Adriana Ancelmo representa "uma enorme quebra de isonomia com as milhares de mães presas no sistema penitenciário brasileiro que não são benefeciadas por essa medida".
Vistoria em apartamento
Segundo informações preliminares, a PF (Polícia Federal) deve fazer uma perícia na casa de Adriana Ancelmo antes da transferência dela. Porém, a corporação informou que ainda não há previsão de horário para essa vistoria. O objetivo da ação é verificar se há aparelhos telefônicos e internet no apartamento para que sejam cumpridos os pré-requistos da prisão domiciliar.