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Oficiais da PM são presos em ação contra desvio de verbas de fundo de saúde da polícia

Parte de acusados desviou mais de R$ 4,2 mi em simulação de compra de materiais

Rio de Janeiro|Do R7

A Corregedoria Interna da Polícia Militar, com a subsecretaria de Inteligência da Seseg (Secretaria de Estado de Segurança) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio cumpriram, na manhã desta sexta-feira (18), 22 mandados de prisão preventiva contra suspeitos de desviar recursos do Fuspom (Fundo de Saúde da Polícia Militar do Rio de Janeiro) no ano passado. Segundo a Seseg, entre os presos, estão 12 oficiais da PM, uma funcionária administrativa contratada pela corporação e outros nove denunciados.

Batizada de Operação Carcinoma, a ação tem como objetivo impedir enriquecimento ilícito a partir de desvios de recursos do Fuspom, além do recebimento de propina e fraudes em procedimentos licitatórios. De acordo com a pasta, os denunciados são acusados de organização criminosa, dispensa de licitação, corrupção ativa, corrupção passiva e peculato.

Os oficiais também vão responder na Justiça Militar por peculato e corrupção passiva. A Corregedoria instaurou PAD (Processo Administrativo Disciplinar), que julgará a exclusão dos policiais da corporação.

O Gaeco ofereceu cinco denúncias, duas delas encaminhadas à Auditoria de Justiça Militar/RJ. De acordo com uma das denúncias, uma empresa foi contratada sem licitação específica para o fornecimento de 200 aparelhos de ar-condicionado para o Hospital Central da Polícia Militar no Rio e em Niterói. Porém, somente 20 aparelhos foram entregues com especificações inferiores ao informado nas notas fiscais.


Outra denúncia aponta que parte dos acusados desviou mais de R$ 4,2 milhões por meio da simulação de aquisição de um produto utilizado na limpeza de materiais e equipamentos hospitalares com a empresa Medical West Comércio de Produtos Médico Hospitalares Ltda. Me. No contrato, estava prevista a compra de 75 mil litros de ácido, mas as notas fiscais emitidas apresentavam apenas 71,5 mil litros do produto, que segundo a Seseg, nunca foi entregue.

Ao todo, cerca de 200 agentes participam da operação, que começou às 3h. Cerca de 40 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em bairros da zona oeste, incluindo condomínio de luxo na Barra da Tijuca.

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