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Operação policial deixa 5 mortos e feridos no Complexo da Maré

Ação ocorreu durante a madrugada para impedir reunião entre traficantes de uma facção local e de outros municípios, segundo a PM

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Agentes patrulham Complexo da Maré
Agentes patrulham Complexo da Maré Agentes patrulham Complexo da Maré

Uma operação policial nas comunidades Parque União e na Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (6), deixou ao menos cinco mortos, segundo o porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz. A ação ainda prendeu três suspeitos e apreendeu 800 kg de drogas, nove veículos, uma pistola, um fuzil e uma granada.

Entre os casos de vítimas fatais está um professor de física identificado como William Figueira de Oliveira, de 35 anos. O corpo da vítima foi retirado da comunidade por moradores com a ajuda de um carrinho. Em nota, a PM disse que apura a informação de que o homem já respondeu por porte ilegal de arma de uso restrito.

Na mesma comunidade, o cantor de funk MC Rodson e mais três pessoas ficaram feridas. O artista foi baleado no peito e passou por cirurgia no hospital. Não há detalhes sobre o estado de saúde dele. 

Morador da Maré, MC Rodson foi baleado durante a madrugada
Morador da Maré, MC Rodson foi baleado durante a madrugada Morador da Maré, MC Rodson foi baleado durante a madrugada

De acordo com a Polícia Militar, a ação na Maré teve início ainda de madrugada com o objetivo de impedir uma reunião entre traficantes de uma facção local e comparsas de outras cidades do Estado, como Campos dos Goytacazes.

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As informações foram levantadas pelo Setor de Inteligência da PM e a operação contou com a participação de agentes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Batalhão de Policia de Choque e (Bac) Batalhão de Ações com Cães.

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A ONG Redes da Maré divulgou que a operação de hoje não respeitou uma ação civil pública que impedia ações policiais durante a madrugada na comunidade. No entanto, a PM esclareceu que "como se tratava de uma situação emergencial, visando a garantia da ordem e a segurança de moradores, não houve qualquer descumprimento de decisões do Poder Judiciário e da própria Secretaria de Segurança."

A assessoria de imprensa da corporação acrescentou que "entre as normas consta a proibição de cumprimento de mandados de busca e apreensão em residências durante a madrugada, o que foi rigorosamente cumprido".

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Investigações

Procurada pelo R7, a Polícia Civil informou que Divisão de Homicídios da Capital assumiu as investigações. Por telefone, a assessoria de imprensa disse, por volta de 18h15, que havia a confirmação de duas mortes e seis vítimas feridas, sendo duas com mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Os corpos ainda estão sendo encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) para necropsia e identificação.

Protestos

Ainda durante a madrugada, moradores da Nova Holanda fecharam a pista lateral da avenida Brasil no sentido zona oeste em protesto à operação da Polícia Militar. Os manifestantes atearam fogo em pneus e pedaços de madeira. O trânsito foi liberado em seguida, segundo o Centro de Operações Rio. Entretanto, no final da manhã, a via foi fechada parcialmente mais uma vez em um novo protesto, causando engarrafamento na região.

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