Polícia Civil faz operação em estação de tratamento da Cedae
Agentes querem identificar possível responsabilidade penal de funcionários ou terceiros que possam ter contribuído nas alterações da água do Rio
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio e Estadão Conteúdo
A Polícia Civil do Rio realiza uma operação na Estação de Tratamento do Guandu, na Baixada Fluminense, na manhã desta quinta-feira (16). Segundo a secretaria, a ação é para apurar eventual responsabilidade penal de funcionários da Cedae ou de terceiros que possam ter contribuído nas alterações da água distribuída na região metropolitana do Rio.
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Há duas semanas, a água que chega na casa dos moradores de diversos bairros do Rio e da Baixada Fluminense tem apresentado cheiro e gosto forte além de aparência turva.
Na quarta-feira (15), o presidente da Cedae, Hélio Cabral Moreira, pediu desculpas à população do Rio por conta dos problemas no fornecimento de água.
Durante a coletiva, a diretoria e o corpo técnico voltaram a afirmar que a substância geosmina, encontrada na água, não faz mal à saúde de quem a ingere.
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Hélio Cabral admitiu que não sabe o que poderia estar causando a turbidez da água que chega a população (a geosmina não provoca turbidez). "Isso terá que ser investigado caso a caso", disse. "Pode ser um bicho morto, uma caixa d'água suja."
Ele disse que continua bebendo a água da Cedae que sai da torneira de sua casa, mas não aceitou o desafio dos jornalistas de beber a água turva que tem chegado a parte da população. "Bebo água da minha casa", limitou-se a dizer.
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A convocação da direção da empresa ocorreu duas semanas após o início das notificações de moradores sobre a turbidez da água e o cheiro estranho. No início de janeiro, algumas regiões da zona oeste e da Baixada Fluminense recebiam água com cor de barro e cheiro forte.