Uma mulher matou o marido durante uma brincadeira perigosa no domingo (4) em Tinguá, distrito de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. O casal estava embriagado e brincou com uma espingarda calibre 38 em uma espécie de “roleta russa”, que matou Tupan da Costa Vitório, de 40 anos, segundo a polícia. De acordo com as investigações da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), Rosângela da Silva Rodrigues, também de 40 anos, contou que, no dia da morte, os dois teriam manuseado a arma para aprender a atirar. Após efetuar dois disparos, a vítima encostou a espingarda no peito e pediu para que Rosângela atirasse. Segundo o delegado André Barbosa, Tupan atirou com a arma para mostrar a mulher como funcionava e, após isso, entregou a espingarda para Rosângela tentar. — Não se sabe se em uma brincadeira ou descuido, pegou no cano da arma colocou no peito dele e falou: ‘Dispara para ver se não funciona’. Aí ela disparou. Nesse momento, a arma funcionou e esse disparo foi fatal para Tupan. Assim que os agentes da DHBF chegaram ao local onde ocorreu o crime, um sítio distante e de difícil acesso, segundo a polícia, Rosângela contou que o companheiro havia cometido suicídio. No entanto, a versão apresentada pela suspeita começou a ser desmontada durante a perícia. De acordo com Barbosa, uma arma de cano longo dificilmente seria usada por alguém que quisesse tirar a própria vida. O delegado também conta que, quando interrogada ainda no local, Rosângela confessou a autoria do crime. Rosângela revelou que a espingarda foi adquirida por Tupan para a proteção da casa porque o sítio fica em um lugar deserto. O casal estava junto havia um ano. Ela vai responder homicídio qualificado e porte de arma de fogo. Para o delegado, apesar de haver a possibilidade de não ter sido intencional, os crimes foram caracterizados. — Independentemente de ela querer ou não, essa conduta dela foi muito arriscada. Ela assumiu o risco até porque sabia que a arma tinha disparado antes. Ela sabia que podia disparar.Assista à reportagem: