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Reservatório do Paraibuna, que abastece o RJ, atinge volume morto e hidrelétrica é desligada

ONS afirma que desligamento da hidrelétrica não implica em falta de energia

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

O nível do reservatório do rio Paraibuna, que integra a bacia do rio Paraíba do Sul, atingiu o volume morto, segundo informou nesta quinta-feira (22) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). O reservatório é uma das principais fontes do rio Paraíba do Sul, que é responsável pelo abastecimento de 70% da população do Estado do Rio de Janeiro.

A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) informou que, em razão da crise hídrica, a Usina Hidrelétrica Paraibuna foi desligada na quarta-feira (21). A usina fica no Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo.

O ONS afirma que o desligamento da hidrelétrica não implica em falta de energia porque o sistema é interligado. Segundo a Cesp, a principal finalidade do reservatório do Paraibuna é regular a vazão do rio Paraíba do Sul, responsável pelo fornecimento de água para o Estado do Rio de Janeiro.

O nível dos demais reservatórios que fazem parte da bacia do Paraíba do Sul também é baixo — Santa Branca (0,65%), Jaguari (2%) e Funil (4,15%), segundo o último boletim do Operador Nacional do Sistema, de quarta-feira (21).

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O R7 entrou em contato com a Secretaria de Estado do Ambiente, que ainda não se posicionou sobre o assunto.

Por meio de nota, a Cesp informou que, "em decorrência da crise hídrica, o reservatório da Usina Hidrelétrica Paraibuna atingiu em 21 de janeiro seu nível mínimo normal de operação na cota 694,60 metros, que corresponde a 0% do seu volume útil". As unidades geradoras de energia foram desligadas "para manutenção das condições de segurança técnica e operacional dos equipamentos".

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A Cesp ainda afirmou que a usina está preparada para garantir a vazão mínima a jusante, de 30 m³/s, para atendimento aos usos múltiplos da água por meio da abertura das válvulas dispersoras (descarregadores), utilizando o estoque ainda disponível no reservatório, chamado de volume morto.

Segundo a Agência Brasil, o ONS salientou, que, para geração de energia do SIN (Sistema Interligado Nacional), a bacia do rio Paraíba do Sul representa menos de 1% da energia produzida.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Nivalde de Castro, reforçou que, para a geração elétrica, a bacia do rio Paraíba do Sul “não é problemática. Ela vai ser problemática para o abastecimento de água”. Segundo ele, como não está chovendo, a tendência é que outras bacias comecem a ter o mesmo tipo de problema.

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