Sem BRT, passageiros pagam mais caro para chegar ao trabalho
Manhã de segunda-feira (1°) foi marcada por longas esperas e superlotação na cidade do Rio
Rio de Janeiro|Ana Beatriz Araújo, do R7*, com Record TV Rio
Os usuários do BRT precisaram pagar mais caro para chegar ao trabalho por conta da paralisação do serviço que começou nesta segunda-feira (1°). Denúncias feitas à Record TV Rio afirmam que os transportes alternativos, como vans e mototáxis, superfaturaram o valor das corridas.
De acordo com os passageiros, os preços cobrados chegavam a R$30 para fazer o trajeto Mato Alto – Recreios dos Bandeirantes, ambos na zona oeste. Alguns tentaram pegar o ônibus executivo - que custa R$ 14 – e enfrentaram superlotação para chegar ao trabalho.
O BRT Rio informou que a paralisação ocorreu por conta de uma greve dos motoristas. Com isso, houve irregularidades nos intervalos, o que inviabilizou o funcionamento do serviço.
Os motoristas reivindicam a não redução salarial, além do compromisso do pagamento de salário no quinto dia útil. Eles também pedem melhores condições de trabalho, como a instalação de uma cabine para isolar os trabalhadores dos passageiros e evitar o contágio pela covid-19.
“O próprio sistema BRT está culminando para que nós tomássemos essa atitude.”, disse o representante dos motoristas, Ademir Francisco de Souza.
Em nota, a Rio Ônibus (Sindicato das Empresas de Ônibus) lamentou a paralisação e disse estar passando por uma grave crise econômico-financeira. Fatores como a pandemia e o congelamento da tarifa agravaram a situação que, segundo a empresa, foi ignorada pelo poder público.
“As pessoas têm que entender a dificuldade que também estamos passando. Esse problema não é de hoje.”, disse o porta-voz da Rio Ônibus, Paulo Valente.
Valente também afirmou que já tomou providências para que a Justiça determine que a greve dos motoristas seja considerada ilegal.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa