O circuito de monitoramento do Fórum de Bangu, na zona oeste do Rio, registrou a invasão de três criminosos fortemente armados na última quinta-feira (31). Na ocasião, houve tiroteio dentro e fora do prédio e um policial militar e uma criança morreram.
A Polícia Civil tenta identificar os invasores. Um deles usava uma touca ninja e carregava um fuzil. Enquanto o trio entrou no fórum com o objetivo provável de resgatar dois réus e matar um juiz, cerca de 12 comparsas davam cobertura do lado de fora, conforme indicam as investigações.
TJ classifica invasão como atentado
A desembargadora Leila Mariano, presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) classificou como um atentado a invasão do bando. Ela não considera que houve falha de segurança no interior do fórum, mas “um problema de segurança pública”.
— Foram 15 meliantes que participaram da ação criminosa. Eles transitaram de Belford Roxo até Bangu portando armas de grosso calibre. O que aconteceu foi um verdadeiro atentado, um dia anormal. Foi uma coisa nunca ocorrida no nosso Estado.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Rio afirmou que programa o número de seguranças para cada audiência de acordo com a periculosidade dos réus, a partir de informações cedidas pelo Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária).
Desde 2009, uma lei no Estado autoriza que presos participem de audiências sem sair dos presídios, com os depoimentos sendo transferidos ao vivo por videoconferências para os fóruns. Leila Mariano indicou que o recurso pode ser usado com maior frequência pelo Tribunal de Justiça. Segundo ela, após o tiroteio de Bangu, haverá maior rigor ao considerar a necessidade de tirar presos das penitenciárias.