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Turistas gays responderam por 30% da faturamento do Carnaval no Rio

O total injetado na economia da cidade foi de R$ 1,5 bi, contra R$ 1,35 bi do ano passado

Rio de Janeiro|Do R7

O público LGBT gastou R$ 461 milhões no Rio durante o Carnaval
O público LGBT gastou R$ 461 milhões no Rio durante o Carnaval

Os turistas gays foram responsáveis por 30,75% do faturamento do Rio durante o Carnaval 2014, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (2) pela Riotur e pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, órgãos da prefeitura, em parceria com o Observatório do Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF (Universidade Federal Fluminense).

O período de folia movimentou R$ 1,5 bilhão na cidade em 2014, contra R$ 1,35 bilhão arrecadados no Carnaval anterior. Uma pesquisa feita pela UFF com os turistas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e travestis, transexuais e transgêneros) apontou que 93,6% recomendariam o Carnaval carioca a amigos, enquanto 94,6% pretendem retornar.

— O turismo LGBT no mundo hoje figura entre os de maior poder aquisitivo para qualquer destino, qualquer cidade. E o interessante dessa pesquisa é notar como esse turista escolheu o Rio. O que nós fazemos é assegurar os direitos civis dos cidadãos e cidadãs LGBTs e sabemos que esse item pesa na escolha do destino dessas pessoas — afirmou Carlos Tufvesson, coordenador especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio.

A pesquisa da UFF também perguntou o porquê de os gays terem escolhido o Rio, e 42% disseram que a cidade é “destino gay friendly”. O levantamento aponta ainda um gasto médio diário do turista LGBT nacional de R$ 302,10 e do LGBT internacional de R$ 538,82. Considerando que o gasto médio do turista heterossexual é de R$198,00, houve um consumo superior de 50% no caso do turista LGBT nacional e 270% no caso do turista LGBT internacional.


O impacto econômico total direto dos gays para o Rio de Janeiro foi de pouco mais de R$ 461 milhões. O maior incentivo para o turismo LGBT na cidade foi a recomendação de amigos e familiares, seguido pelo reconhecimento de se tratar de um destino amigável LGBT. Os entrevistados tiveram que dar nota para o Rio de Janeiro entre 1 (péssimo) a 5 (ótimo), sendo que a média da cidade foi 3,9. Os pontos positivos foram os meios de hospedagem e a hospitalidade, e os negativos, os preços altos e limpeza urbana.

A pesquisa foi respondida por 614 turistas entre 28 de fevereiro e 04 de março, em pontos com maior concentração de público LGBT, como a rua Farme de Amoedo, em Ipanema, os blocos TocoXona, Banda de Ipanema e Simpatia é Quase Amor, e as festas JukeBox, Revolution Party, ToyOz, BITCH + The Week, Rio Life Style Festival, além do camarote CandyBox, no Sambódromo.

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