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“A sensação que tenho é de que estou vendo minha filha morta de novo", diz mãe de Bianca Consoli

Familiares da vítima, morta em 2011, vão acompanhar o julgamento de Sandro Dota

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Bianca Consoli, filha de Marta, foi encontrada morta em setembro de 2011
Bianca Consoli, filha de Marta, foi encontrada morta em setembro de 2011

Muito emocionada, Marta Consoli, mãe de Bianca Consoli, diz que não dormiu na última noite e comentou sobre o sentimento de reviver a tragédia que marcou a família em 2011, quando a filha, uma universitária de 19 anos, foi assassinada. 

— A sensação que tenho é de perda. Parece que estou vendo minha filha morta de novo. Estou revendo toda a cena. 

O julgamento de Sandro Dota, acusado de estuprar e matar a garota, começa nesta terça-feira (23), no Fórum Criminal da Barra Funda. 

Alessandra Consoli, cunhada de Bianca, diz que o julgamento de Sandro traz lembranças tristes à família.


— A sensação é de que estamos indo para o velório de Bianca novamente. No domingo, fomos ao cemitério levar flores para ela.

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Além de Alessandra, pelo menos dez familiares da vítima vão acompanhar o julgamento, que tem duração prevista de cinco dias.

A cunhada de Bianca diz que a família espera que Sandro Dota receba a pena máxima.


O crime

O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.

Na cama, os investigadores encontraram a toalha usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos degraus.

Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica, usada pelo autor para asfixiar a estudante.

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As investigações apontaram o motoboy Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia 12 de dezembro de 2011.

O motoboy nega as acusações e se diz inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.

Em agosto do ano passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para a polícia, o crime teve motivação sexual.

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