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Advogado ativista leva tiro de borracha e acaba detido em protesto por animais em São Roque

André Zanardo foi pedir nome dos policiais militares e recebeu voz de prisão

São Paulo|Do R7

Zanardo (foto) foi detido após pedir os nomes dos PMs que portavam armas com munição de borracha
Zanardo (foto) foi detido após pedir os nomes dos PMs que portavam armas com munição de borracha Zanardo (foto) foi detido após pedir os nomes dos PMs que portavam armas com munição de borracha

O advogado André Zanardo, da ONG Advogados Ativistas, foi detido neste sábado (19) após levar um tiro de bala de borracha durante o protesto em defesa dos animais que terminou em confronto com a PM e vandalismo, em São Roque — a 59 km da capital paulista. Outras sete pessoas também foram levadas à delegacia.

Segundo a ONG, Zanardo e colegas negociavam a tranquilidade da manifestação quando a PM começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e dar tiros com balas de borracha. Ao todo, seis pessoas ficaram feridas no protesto.

Zanardo foi perguntar ao capitão da PM os nomes dos policiais que estavam com armas com munição de borracha. No exercício da profissão, o advogado recebeu voz de prisão, “sem fundamento legal”, de acordo a organização. Também não teria sido garantido a ele o direito a um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O advogado foi liberado após prestar depoimento. Em seguida, ele registrou um boletim de ocorrência contra os policiais militares. De acordo com a ONG, os PMs “incorreram em abuso de autoridade, lesão corporal, e denunciação caluniosa”. Na delegacia, um capitão e um tenente disseram que o advogado jogou pedras nele, o que segundo a organização “é uma absurda mentira”. Os defensores também vão atuar na defesa dos que eventualmente forem indiciados por algum crime.

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O protesto que terminou em confronto teve três carros apedrejados e incendiados — uma viatura da PM e dois de uma emissora afiliada à Rede Globo. Cerca de 200 pessoas foram até as proximidades do Instituto Royal, no km 56 da rodovia Raposo Tavares. Uma ordem judicial impedia que o grupo se aproximasse da empresa e a PM foi chamada para garantir a determinação.

Cerca de 200 cães da raça beagle usados para testes farmacêuticos foram resgatados por defensores dos animais, na noite de quinta-feira (17), de dentro do Instituto Royal. A Polícia Civil investiga o furto dos cachorros, além de averiguar se eles sofriam maus-tratos no instituto. O advogado Daniel Antônio de Souza Silva, que defende a empresa, negou as acusações de possíveis atividades de crueldade com animais em testes de produtos farmacêuticos realizados pela empresa.

O R7 pediu à Polícia Militar esclarecimentos sobre a detenção de André Zanardo. Até as 17h30, a reportagem não havia recebido resposta da corporação.

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