O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, preferiu apostar no diálogo em vez de recorrer à Justiça na disputa do Estado, com o Rio de Janeiro, pela água do rio Jaguari. Ele respondeu aos questionamentos da imprensa sobre a possibilidade de a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo acionar a Justiça. A vazão da represa do rio foi reduzida, o que afeta a bacia do rio Paraíba do Sul e prejudica hidrelétricas fluminenses.
— Nós entendemos que não é necessário [entrar na Justiça]. Tem solução. É preciso compatibilizar as coisas, e dando prioridade ao abastecimento hídrico da população. Nós queremos a aplicação da lei. Você não precisa ir à Justiça para aplicá-la. Isso se faz no diálogo.
A Cesp, estatal paulista de energia, ignorou a recomendação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para que elevasse a vazão da represa do Jaguari. Na prática, a usina está produzindo menos energia do que deveria e libera menos água no sistema, o que pode comprometer a geração de energia de empreendimentos que ficam na mesma bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, além do abastecimento de água em vários municípios no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) notificou a Cesp nesta terça-feira (12) a cumprir o despacho do ONS e elevar a vazão da usina do rio Jaguari. A empresa tem 15 dias para se manifestar.