Alckmin confirma plano de facção para resgatar Marcola de prisão e elogia polícia: "SP não se intimida"
Um relatório revelou que facção preparava uma ação ousada para tirar líderes da cadeia
São Paulo|Do R7
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, comentou o plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e outros três chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) descoberto pela inteligência das polícia Civil e Militar de São Paulo e pelo MPE (Ministério Público Estadual). Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta quinta-feira (27), Alkmin exaltou o trabalho de investigação no Estado:
— Primeiro o empenho da polícia de são Paulo 24 horas, permanentemente, contra qualquer tipo de organização criminosa, tenha a sigla que tiver. São Paulo não retroage, não se intimida. É a maior polícia do Brasil, mais preparada. Segundo, a polícia fez todo o trabalho de investigação [do plano de resgate do PCC], lamentavelmente isso acabou vazando. Mas a policia está preparada e temos um esforço grande nesse trabalho.
Um relatório sigiloso das polícias Civil e Militar e do MPE revelou que o PCC pretendia usar um avião Cessna 510, um helicóptero Bell e um Esquilo blindado com as cores da Polícia Militar armado com uma metralhadora calibre .30 para retirar os líderes da facção da Penitenciária de Presidente Venceslau, no oeste paulista. Para a polícia, a tentativa de resgate pode ocorrer a qualquer momento. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Para que o plano dê certo, três integrantes da facção tiveram aulas de voo em 2013 no Campo de Marte, na zona norte da capital. O professor dos bandidos foi, segundo o relatório, Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero do deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG). Oliveira Junior foi preso em 25 de novembro do ano passado no Espírito Santo pela Polícia Federal quando descarregava 450 kg de cocaína de um helicóptero — a aeronave pertencia ao deputado.
O plano começou a ser montado em janeiro do ano passado, em uma base na cidade de Porto Rico, no Paraná. De lá, iriam de carro até o Aeroporto de Loanda, também no Paraná, que seria o ponto central do plano.