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Ambulante acusa policial civil de prender ele e colega em grade na rua

Polícia nega ter algemado vendedor em grade. Mulher diz que marido foi preso por ser negro

São Paulo|Do R7*

Vendedor é algemado na rua, diz família
Vendedor é algemado na rua, diz família Vendedor é algemado na rua, diz família

O trabalhador ambulante Wilson Alberto Rosa, de 32 anos, foi preso na manhã da última sexta-feira (13), no farol da avenida República do Líbano com a avenida Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, sob suspeita de ter roubado um celular e um tablet.

De acordo com Washington Moraes, que acompanhava Wilson na venda de balas no farol, um homem chegou no local, se identificou como policial civil, colocou os dois vendedores de joelho e os prendeu em uma grade. Em seguida teria tirado fotos do rosto dos dois homens e teria mandando em grupos do WhatsApp.

Questionada pelo R7, a Secretaria de Estado da Segurança Pública confirmou a prisão de Rosa, mas negou que ele e o colega tenham sido algemados na grade. De acordo com a pasta, ele "foi algemado enquanto aguardava a chegada da viatura, mas não foi preso à grade da avenida". Segundo a SSP, na delegacia, Rosa foi reconhecido pela vítima de um roubo ocorrido no ano passado.

Já Moraes conta que o homem identificado como policial, a princípio, queria leva-los à delegacia usando seu carro particular. No entanto, uma viatura da PM chegou antes. Moraes, então, foi dispensado e Rosa foi levado à 77ª Delegacia da Polícia Civil, na Santa Cecília.

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Na delegacia, uma mulher teria reconhecido Rosa como a pessoa que roubou o celular e o tablet em agosto de 2016. Os aparelhos, entretanto, não foram localizados com ele, segundo Moraes. Ainda assim, ele ficou preso e assinou o BO (Boletim de Ocorrência) de 157, que é o roubo mediante de grave ameaça ou violência à vítima.

A mulher do vendedor, Leandra da Silva, acredita que Rosa foi vítima de racismo e ressalta que não foi ele que roubou os aparelhos.

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— Ele foi preso por racismo, porque a mulher [dona dos aparelhos] achou que quem roubou ela era um negro, e falou que foi meu marido só porque é negro também.

Rosa mora no Jardim Herplin, extremo sul de São Paulo, com a mulher e mais três filhos, de 5, 11 e 13 anos. O do meio é autista e, por isso, Leandra se dedica integralmente ao cuidado dele. Rosa começou a trabalhar em farol quando tinha seis anos e desde 2013 vende bala no cruzamento onde foi preso.

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A SSP informou ainda que um inquérito foi encaminhado à Justiça e que a conversão do vendedor foi convertida em preventiva.

*Colaborou Kaique Dalapola, estagiário do R7

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