Analista que teve corpo queimado forjou assalto para receber seguro, diz polícia
Antes de colocar fogo no carro, ele retirou o equipamento multimídia do veículo
São Paulo|Do R7
A Polícia Civil concluiu que o analista financeiro que teve o corpo queimado em junho deste ano forjou um assalto para receber o seguro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela SSP (Secretaria de Segurança Pública). Segundo a polícia, o homem chorou e confessou o crime. Ele disse que tentou suicídio, mas saiu do carro assim que o fogo começou a se alastrar.
Na ocasião, o analista, de 41 anos, afirmou ter sido vítima de um sequestro-relâmpago quando estacionava seu carro, em uma rua paralela à avenida Luis Carlos Berrini, na zona sul de São Paulo, no dia 7 de junho.
Ele contou ainda que, durante o assalto, os bandidos teriam jogado um líquido inflamável em suas roupas e ateado fogo. Segundo seu relato, ele conseguiu abrir uma das portas do carro e fugir. O veículo foi encontrado em chamas em uma rua próxima a uma favela na zona sul da cidade.
Policiais do DAS (Divisão Anti-Sequestro), do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), afirmam, porém, que encontraram evidências que contrariaram a versão do analista. A principal delas foi uma camiseta preta parcialmente queimada encontrada em um local próximo onde o veículo em chamas foi deixado. A roupa, segundo os policiais apuraram, era do próprio analista.
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Os investigadores também descobriram que no mesmo dia do suposto assalto, o analista havia levado o seu veículo até uma loja de som automotivo para retirar todo o equipamento multimídia que possuía.
Ele foi indiciado por estelionato por fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro e o caso será remetido à Justiça. O analista chegou a ficar internado por conta dos ferimentos.