Após assassinato de carroceiro, grupo protesta pelas ruas de Pinheiros
Manifestantes fizeram ato contra a violência policial; Ricardo Nascimento foi baleado por PM
São Paulo|Peu Araújo, do R7
Por volta das 18h30 desta quinta-feira (13) dezenas de pessoas que protestavam contra a morte de Ricardo Silva Nascimento, assassinado por um policial militar, saíram da cena do crime, a rua Mourato Coelho com a rua Navarro de Andrade, em Pinheiros, e subiram até a Teodoro Sampaio.
Com gritos de ordem, o grupo pedia o fim da Polícia Militar e justiça para o caso do carroceiro morto nesta quarta-feira (12). Cerca de 15 minutos depois da marcha, os carroceiros pararam na esquina com a rua Fradique Coutinho. Lá ficou estabelecido que o grupo rumaria para a 14ª DP, também em Pinheiros.
Na esquina com a rua Cônego Eugênio Leite eles deitaram na via. Às 19h15, os carroceiros entraram em outro impasse e seguiram à esquerda na avenida Henrique Schaumann e 10 minutos depois desceram a Cardeal Arcoverde. Em todo o caminho o grupo era seguido por policiais de trânsito e agentes da CET (Companhia de Engenharia da Tráfego). Nenhum policial militar acompanhou o ato.
O protesto terminou pacífico às 19h40 com uma roda na rua Cardeal Arcoverde, esquina com a rua Fradique Coutinho. A marcha não estava programada pelos organizadores do protesto, mas segundo Mundano, artista plástico responsável pelo projeto Pimp my Carroça o ato foi "muito verdadeiro, os carroceiros que se organizaram, foi muito legítimo, muito bonito."
A Secretaria de Segurança Pública afastou os policiais militares envolvidos na ação e a Ouvidoria da Polícia Militar já pediu a intervenção do Ministério Público no caso para que o policial responda por homícidio. Até o momento o MP ainda não entrou no caso, e o policial não responde por nenhum crime.