A ONG (organização não governamental) Mães da Sé, que desde 1996 trabalha na busca de pessoas que desapareceram, informou que vai levar os 5.000 casos que possui em seu cadastro para o Ministério Público de São Paulo. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, "a intenção é averiguar se algum dos desaparecidos consta na lista de 3.000 enterrados como indigentes pelo Estado, mesmo tendo documentos de identificação".
Nesta terça-feira (22), o jornal denunciou que nos últimos 15 anos cerca de 3.000 pessoas com RG foram enterradas como indigentes em São Paulo. De acordo com a matéria, os indigentes com RG "foram descobertos numa investigação do Ministério Público de São Paulo, coordenada pela promotora Eliana Vendramini, que se dedica a descobrir o paradeiro de desaparecidos em São Paulo"
Ainda segundo o texto, o MP quer acabar com as buscas de anos de diversas famílias. Para isso, irá "cruzar a lista dos cerca de 3.000 indigentes identificados que passaram pelo SVO (Serviço de Verificação de Óbito) com a lista de desaparecidos do Estado de São Paulo. O objetivo é saber quantas famílias ainda estão buscando seus familiares para dar-lhes a notícia da morte e limpar os nomes que inflam a lista de desaparecidos".
Leia mais notícias de São Paulo
Muitos casos de desaparecimentos nem chegam a ser investigados, afirma especialista
Série especial: R7 apresenta cenário alarmante do desaparecimento de pessoas em São Paulo