Ato contra governo termina com mais de 25 detidos
Manifestação começou na avenida Paulista na tarde de domingo e terminou no Largo da Batata
São Paulo|Do R7

Ao menos 27 pessoas foram detidas na manifestação contra o governo do presidente Michel Temer ocorrida em São Paulo neste domingo (4). Do total, 26 — entre elas oito menores — estão no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Uma pessoa foi levada para o 14º Distrito Policial. Todos irão passar por uma audiência de custódia, que deve acontecer ainda na manhã desta segunda-feira (5).
Informações iniciais de manifestantes e testemunhas que acompanharam o ato indicam que parte deste grupo foi detida antes mesmo do ato começar na região do Centro Cultural Vergueiro, na zona sul de São Paulo. Há também denúncias indicando que os detidos estariam sem acesso a advogados e familiares.
Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que o Deic "indiciou, por associação criminosa e corrupção de menores, 16 pessoas detidas na tarde deste domingo carregando máscaras, pedras, um celular roubado e diversos objetos utilizados em atos de vandalismo. O grupo estava reunido na região de Pinheiros, na zona oeste, quando foi flagrado pela Polícia Militar".
Ainda segundo o texto, outros "dez adolescentes também estavam com os detidos. Eles irão responder por ato infracional versando sobre associação criminosa". Segundo a pasta, os policiais encontraram parte dos detidos em uma estação do metrô. "O grupo contou que estava a caminho de um protesto na avenida Paulista. Com os integrantes, foram encontrados uma barra de ferro, câmeras, celulares, toucas, lenços, máscaras e diversos frascos contendo líquidos — estes, enviados à perícia para análise da substância".

Neste domingo, milhares de pessoas foram às ruas, completando uma semana de protestos na capital paulista. Após violentos confrontos na quarta, quinta e sexta-feira, o ato de domingo se encerrava de forma pacífica no Largo da Batata, por volta das 20h30, quando a Tropa de Choque da Polícia Militar começou a lançar bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta no meio da praça. Manifestantes acusam os agentes de iniciar a violência "sem motivo".
Sobre o confronto com os manifestantes, a SSP informou que "após os organizadores encerrarem a manifestação, houve um princípio de tumulto na Estação Faria Lima do Metrô, que se transformou em depredação. Vândalos quebraram catracas, colocando em risco funcionários. A Polícia Militar atuou para restabelecer a ordem pública, sendo recebida a pedradas, intervindo com munição química e utilização de jato d'água".
O ato
Os manifestantes começaram a se reunir na avenida Paulista por volta das 13h, convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e CUT (Central Única de Trabalhadores).
O ato saiu da Paulista por volta das 17h30, com destino ao Largo da Batata, na zona oeste da capital. Menos de duas horas depois os primeiros manifestantes já chegavam à praça, onde foi realizado um enterro simbólico do presidente Temer. A organização informou que 100 mil pessoas estiveram presentes. A Polícia Militar não fez estimativa.
Protestos “Fora Temer” reúnem milhares em São Paulo, Rio e Salvador:
Milhares de pessoas protestam neste domingo (4) contra o presidente da República Michel Temer em pelo menos três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Eles pedem a saída do peemedebista e novas eleições para presidente. Na capital fluminense...
Milhares de pessoas protestam neste domingo (4) contra o presidente da República Michel Temer em pelo menos três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Eles pedem a saída do peemedebista e novas eleições para presidente. Na capital fluminense, cerca de 5.000 pessoas se reuniram em Copacabana entre o fim da manhã e o meio da tarde, quando o ato se encerrou. Nas capitais baiana e paulista os atos começaram à tarde e reuniam, às 18h, 5.000 e 100.000 manifestantes, segundo estimativas divulgadas pelos organizadores. Em São Paulo (foto), o ato foi convocado por Frente Povo Sem Medo, Brasil Popular, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e a CUT (Central Única de Trabalhadores). Pouco após as 20h30, quando os manifestantes estavam deixando o ato, a Tropa de Choque da Polícia Militar avançou contra as pessoas com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio e dispersou os manifestantes















