Bebê com doença no coração não recebe atendimento de especialista e corre risco de morrer
Estado e prefeitura fazem jogo de empurra sobre responsabilidade de oferecer cirurgia
São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7
Um bebê que nasceu há uma semana luta pela vida na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Gabriel Guerreiro Souza Bento nasceu com uma cardiopatia grave. Durante a gestação, o lado esquerdo do coração do menino não desenvolveu e, portanto, não bombeia sangue para o resto do corpo.
Desde o nascimento, Gabriel está entubado, sedado e fazendo uso de uma medicação que terá efeito por, no máximo, um mês. Segundo a auxiliar de enfermagem Jéssica Lopes, que é madrinha do menino, a medicação pode “perder o efeito” antes do prazo de um mês e, por isso, o bebê precisa de tratamento urgente.
— Ele corre o risco de morrer mesmo com medicação. A gente está correndo contra o tempo.
O hospital em que o bebê está não tem especialista para atender o caso. Jéssica diz que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo não transfere o menino para um local que tenha cardiologia infantil. Segundo ela, o hospital relata que é preciso que a família aguarde o surgimento de uma vaga. Mas isso só aumenta a agonia dos parentes, que não sabem se o menino irá sobreviver à espera.
— É caso de vida ou morte.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria do Estado disse que o caso de Gabriel está sendo analisado pela Secretaria Municipal da Saúde que, procurada pelo R7, afirmou que cirurgias como a que Gabriel precisa fazer “são procedimentos de alta complexidade, portando, de competência estadual”. Além disso, disse que, diariamente, está realizando buscas por uma vaga em hospitais que realizam esse tipo de cirurgia.
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