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"Bolsa anticrack" em SP custará R$ 4 milhões por mês 

Programa Cartão Recomeço foi anunciado nesta quinta-feira; 3.000 cartões serão distribuídos

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Primeiros cartões devem ser distribuídos em 60 dias
Primeiros cartões devem ser distribuídos em 60 dias Primeiros cartões devem ser distribuídos em 60 dias

O Governo do Estado lançou oficialmente o Cartão Recomeço, programa que irá financiar a recuperação de dependentes químicos no Estado de São Paulo. Em cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira (9), em São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, destacou a importância do dia. O investimento mensal no programa será de R$ 4 milhões.

— Hoje é um dia importante. Estamos dando mais um passo, um passo na direção correta para enfrentarmos esse grande desafio do mundo moderno.

Inicialmente, serão disponibilizados 3.000 cartões para 11 municípios do Estado: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São Jose do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes.

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Cracolândia fica sem bolsa anticrack

Com uma diária de R$ 45 (equivalente a R$ 1.350 mensais), o cartão irá custear a internação de dependentes em clínicas escolhidas pelo Estado por meio de edital. Os primeiros cartões serão distribuídos em 60 dias. O prazo máximo para tratamento é de 180 dias. Alckmin explicou que o valor da bolsa não ficará com o depentente químico nem com a família e que a bolsa será direcionada para a entidade — que não será um hospital, já que o objetivo é o tratamento terapêutico. 

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— É a parte social, tão ou mais importante que a parte médica. Outro passo importante em uma questão que envolve saúde pública, segurança e recuperação das pessoas.

O governador destacou ainda a importância do posicionamento do governo nessa questão.

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— Não é possível o Estado se omitir em uma situação dessas.

A coordenação do Programa será feita por um grupo gestor comandando por Ronaldo Laranjeira, referência no atendimento de dependentes químicos e professor titular do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.

O grupo será formado por representantes das secretarias de Estado e Desenvolvimento Social, da Justiça e da Defesa da Cidadania e da Saúde.

"A recuperação tem que ser voluntária"

O secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, falou da importância do programa para que haja um aumento no índice de recuperação de usuários de drogas.

— Vai ser um instrumento importante de recuperação das pessoas. O cartão cria uma nova expectativa na vida do dependente químico.

Ele destacou também que o programa foca na recuperação terapêutica e não hospitalar e que essa vontade de reinserção social deve partir da cada usuário de drogas.

— A recuperação tem que ser voluntária.

O edital para o credenciamento das entidades que trabalharão em parceria com o programa será lançado na próxima semana. O secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, explicou que as entidades interessadas devem cumprir alguns pré-requisitos como protocolo de serviços a serem prestados, estrutura de recursos humanos, assistentes sociais, psicólogos, oficineiros, instalações adequadas e serão fiscalizados pelo Estado.

Cracolândia

Fora dessa primeira fase do programa, o secretario Rodrigo Garcia destacou que a capital paulista já possui seu próprio sistema de atendimento e tratamento ao dependente químico. Ronaldo Laranjeira declarou, no entanto, que a questão da Cracolâncidia é mais complexa.

— A região é a que tem mais possibilidade de assistência, mais de 240 vagas. O problema é como retirar essas pessoas da rua. Se todo mundo quisesse sair a gente conseguiria [tratar]. Vamos precisar de outras estratégias para acabar com a Cracolândia, infelizmente.

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