Circulação de táxi no corredor de ônibus fica proibida em horário de pico
Porém, taxistas poderão utilizar as faixas exclusivas de seis vias da cidade
São Paulo|Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7
Taxistas não poderão circular nos corredores de ônibus de São Paulo durante o horário de pico, informou a Secretaria Municipal de Transportes nesta sexta-feira (14).
Segundo o secretário Jilmar Tatto, os táxis não poderão utilizar essas pistas das 6h às 9h e das 16h às 20h. Nos demais horários, é permitida a circulação, desde que estejam com passageiros.
A medida, adotada por recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo, entra em vigor na próxima segunda-feira (17). As multas para quem circular nos corredores nos horários proibidos só começarão a ser aplicadas em 14 de abril. Segundo Tatto, esse é o tempo de que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) precisa para realizar as sinalizações.
Por outro lado, os táxis poderão circular em algumas faixas exclusivas para ônibus (as faixas ficam à direita, enquanto os corredores estão localizados à esquerda). Segundo o secretário Jilmar Tatto, apenas os taxistas com passageiros poderão transitar 24 horas pelas faixas das avenidas Sumaré, Indianópolis, Corifeu de Azevedo, do Corredor Norte-Sul e das marginais Pinheiros e Tietê.
De acordo com Tatto, como essas vias fazem ligações com terminais importantes da cidade, como os aeroportos de Congonhas e Cumbica, o Campo de Marte e o Terminal Rodoviário Jabaquara, a circulação dos táxis foi liberada.
Segundo o secretário, a medida foi possível porque a velocidade dos ônibus está dentro do planejado — 20 km/h — e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) avaliou que era possível compartilhar a faixa com os táxis.
O secretário informou, ainda, que a medida pode ser tanto estendida para outras vias como revogada, caso não seja observado fluxo alto de táxis nesses locais.
— Estamos analisando atentamente a situação dos táxis e vamos monitorar a circulação. Se necessário, vamos restringi-la para priorizar o transporte coletivo.
O promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes enfatizou que as medidas visam a atender os usuários de transporte público, "uma população completamente desarmada de regalias em São Paulo".