Em atividade desde 2008, o coletivo Poetas do Tietê promove diversas iniciativas para encher o cotidiano dos paulistanos de poesia. Sem ligar para a agitação e a falta de tempo na metrópole, o trabalho dos poetas se divide em várias frentes.
Uma das intervenções mais conhecidas do coletivo é o "Poesia na Faixa". Com megafones, faixas e cartazes o grupo ocupa calçadas e faixas de pedestres de grandes avenidas para distribuir e declamar poesias no horário do rush. A ideia é pegar motoristas e pedestre de surpresa.
No sábado, dia 5, o grupo que conta com 13 integrantes fixos e dezenas de colabores lança a coletânea de poesias na Casa das Rosas, durante o sarau A Plenos Pulmões, na avenida Paulista, número 32, a partir das 19h,o evento é gratuito (ou melhor, a entrada é um sorriso).
Ao todo, são poemas de 60 autores. "Os poema falam dos problemas atuais do país: racismo, machismo, violência, desigualdade, mas também muito amor e esperança, pois acreditamos que essa realidade pode ser mudada, e que a literatura é a revolução da paz", disse Paulo D'Auria, um dos coordenadores dos Poetas do Tietê.
A proposta do grupo é fazer do lançamento da coletânea um minifestival com amostras de todas as atividades do grupo, que não são poucas.
"Temos o selo Edições do Tietê, que divulga nossos projetos e autores através da publicação de livros e da revista mensal Poesia Sem Medo;o Projeto Livrar, que distribui poemas e livros de bicicleta pelas ruas da cidade; tem também o Projeto Ocupaz, sarau e oficina literária no CEU Paz, Jardim Paraná; participamos do Programa Veia e Ventania - Literatura Periférica nas Bibliotecas Públicas. Além disso tudo tem também o Sarau Asas Abertas, onde levamos poesia e cidadania para pessoas em situação de privação de liberdade, sejam adultos no Sistema Penitenciário, sejam jovens cumprindo medida sócio-educativa nas Fundações Casas de todo o Estado", disse D'Auria.