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Com apenas 30% da chuva esperada para janeiro, represas da Cantareira tem pior nível em dez anos

Precipitações devem voltar à normalidade em fevereiro, segundo superintendente

São Paulo|Do R7

Estação de tratamento de água Guaraú, na Cantareira
Estação de tratamento de água Guaraú, na Cantareira Estação de tratamento de água Guaraú, na Cantareira

O baixo índice de chuvas, as altas temperaturas e a sequência de meses com pouca precipitação afetaram o sistema de abastecimento de água da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), sobretudo, o sistema da Cantareira. Nesta terça-feira (28), o sistema atingiu apenas 22,9% de sua capacidade. Na mesma data de 2011, o nível era de 94,3%; em 2012 era de 74,8% e em 2013, 52,3%.

Contudo, a falta de chuvas também afeta outros sistemas que estocam água para a Grande São Paulo.

Os fortes temporais causados pelo calor excessivo não são suficientes para acabar com o problema, pois, segundo a Sabesp, não há como represar a água e aproveitá-la depois. De acordo com o Superintendente de Produção de Água da Região Metropolitana, Marco Antonio Lopez Barros, a localização das precipitações é um agravante para a situação.

— As chuvas que têm caído no mês de janeiro são localizadas na maioria das vezes nas regiões urbanas e não onde realmente nós precisamos que é na área das represas. O sistema da Cantareira fica ao norte da região metropolitana, então fica numa condição geográfica que não permite que essas águas sejam usadas para abastecimento da região.

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Barros ainda explica que o destino das águas muitas vezes é o interior do Estado, já que as chuvas caem no rio Pinheiros e são escoadas.

As chuvas são resultado de um verão com temperaturas acima da média. Pelas medições do Inmet(Instituto Nacional de Meteorologia), São Paulo teve a primeira quinzena de janeiro mais quente desde 1961, com média de temperatura máxima de 32° C. Isso significa que as temperaturas estão 5% acima da média histórica para o mês. As chuvas até ajudariam a diminuir a temperatura, mas enquanto não chove o suficiente e o calor continua forte, o consumo de água se mantém elevado durante todo o dia.

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Armazenamento

Desde 2012, o índice de chuvas é menor que o esperado. O período chuvoso no Brasil compreende os meses de outubro a março, e serve para alimentar as represas.

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Entre abril e setembro, época de seca ou estiagem, a água que foi armazenada no verão é utilizada para abastecer a população. As quatro represas do Sistema Cantareira podem armazenar quase um trilhão de litros de água. Apesar da preocupação com o sistema, a situação não é alarmante, segundo Barros.

— É interessante saber que temos oito grandes sistemas que atendem a região metropolitana, mas que não estão em situação tão crítica quanto o da Cantareira. As previsões apontam que ao longo de fevereiro as chuvas retornem à normalidade. Os níveis começarão a subir o que é uma garantia de que os sistemas terão água no período de estiagem.

Campanhas

O superintendente explica que, ao contrário do que muitos pensam, as campanhas para consumo consciente de água são muito eficientes. 

— Recentemente começamos campanhas para que possamos passar para a população a preocupação que temos quanto às chuvas e a importância que a economia de cada cidadão traz ao sistema. Ajudam muito, a população sempre respondem bem a essas campanhas. Tivemos um quadro parecido com o da Cantaeria em 2004 e grande parte dos bons resultados vieram das campanhas.

Além das campnhas de conscientização, Barros conta que a empresa tem tentado reduzir o uso do sistema da Cantereira.

— Nós pegamos uma parte do sistema Tietê, que fica na zona leste. Ou seja, agora, uma parte da população que consumia a água da Cantareira, consome a doTietê

Economize

- Tome banhos mais curtos e feche o registro enquanto passa o sabonete e o shampoo. Se fecharmos o registro durante o ensaboamento e reduzirmos o tempo para cinco minutos, o consumo cai para 45 litros

- Não lave a calçada com mangueira. Use a vassoura para limpar o local

- Não lave o carro com a mangueira; use um balde e um pano. Se a lavagem dura 30 minutos e a mangueira fica aberta, o gasto pode chegar a 560 litros. Com o balde, cai para 40 litros

- Antes de lavar a louça, retire e excesso de comida com a esponja, sem usar água; deixe a torneira fechada ao ensaboar. O consumo pode cair de 240 litros para 20 litros

- Acumule as roupas para utilizar a máquina de lavar na capacidade máxima. Faça o mesmo com a louça

- Deixe a torneira fechada enquanto escova os dentes ou faz a barba

- Molhe as plantas à noite e prefira um regador à mangueira, que pode gastar até 190 litros em 10 minutos.

- A água das piscinas montadas para as crianças também pode ser mais bem aproveitada: depois do mergulho, use a água para lavar o quintal, por exemplo.

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