Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Como protesto, pichadores invadem galeria e destroem trabalho de fotógrafo: "Foi um ataque covarde"

Fotografias estão expostas na Galeria Crivo e fazem parte do acervo do fotógrafo Choque

São Paulo|Caroline Apple, do R7

Antes e depois da seção da Galeria Crivo, onde estão expostas as fotografias destruídas por pichadores
Antes e depois da seção da Galeria Crivo, onde estão expostas as fotografias destruídas por pichadores Antes e depois da seção da Galeria Crivo, onde estão expostas as fotografias destruídas por pichadores

Como forma de protesto, um grupo de pichadores destruiu seis fotografias da exposição coletiva "A3", promovida pela Galeria Crivo, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. O "atropelo" aconteceu nesta terça-feira (21), quando as obras do fotógrafo Choque (conhecido por registrar a arte urbana paulistana com foco na pichação) foram pichadas com frases e expressões como: "A rua não precisa de você" e "Safado".

Em entrevista ao R7, Choque se mostrou indignado com a atitude, a qual considera "covarde".

— Foi um ataque de censura ao meu trabalho. Foi anônimo e covarde. Não foi um ataque artístico, foi de ódio.

Quem assumiu a autoria do feito foi o movimento PME (Pixo Manifesto Escrito), que surgiu durante as manifestações de 2013. Em entrevista ao site Vice, o grupo justificou a ação como uma "retaliação a todo uso indevido de imagens que o fotógrafo Choque vem fazendo dos pichadores de São Paulo".

Publicidade

Porém, o fotógrafo contesta as acusações. De acordo com Choque, todos os artistas expostos deram autorização por escrito para a divulgação das imagens.

— Tenho autorização para o que eu faço. Eu sabia que eu teria que me proteger em uma cena marginal. São críticas infundadas.

Publicidade

Vídeo

Trabalho terá que ser reimpresso
Trabalho terá que ser reimpresso Trabalho terá que ser reimpresso

Outro ponto levantado pelo movimento responsável pelo ataque, de acordo com o site, é a questão da divulgação do vídeo chamado "A Última Noite", que teria criado uma tensão entre Choque e alguns pichadores. No material, o fotógrafo mostra o momento da morte do pichador Guigo, que caiu de um prédio na avenida Rebouças. As imagens, segundo a fonte da Vice, teriam sido divulgadas sem a autorização da família da vítima.

Publicidade

— O vídeo não é graficamente violento. Não tem sangue, não tem corpo. Foi uma homenagem. Eu expliquei para a família como seria o trabalho e ela não se opôs. Decidi fazer o vídeo porque o acidente aconteceu em 2010, ano em que eu expus o trabalho que foi destruído na Bienal.

Choque acredita que a retaliação ao seu mais famoso trabalho partiu de pessoas que estavam no dia do acidente com o pichador.

— Ele [Guigo] foi abandonado pelos amigos. Fui eu quem o socorreu. Na época, descobriram a história e um dos pichadores que deixou o lugar na hora da queda sofreu retaliação. O ataque deve ter partido de quem estava lá na hora da queda. Querem destruir minha carreira.

Experimente grátis: todos os programas da Record na íntegra no R7 Play

Leia mais notícias de São Paulo

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.