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Construtora de prédio que desabou em Guarulhos nega rachaduras e trata caso como “catástrofe”

Advogado da empresa Salema diz que engenheiro responsável pela obra está “abalado”

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Desabamento de prédio ainda é uma incógnita para construtora
Desabamento de prédio ainda é uma incógnita para construtora Desabamento de prédio ainda é uma incógnita para construtora (ALEX VIEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)

A construtora Salema Comércio Construções e Projetos Ltda., responsável pelo prédio que desabou no início da noite desta segunda-feira (2) em Guarulhos, na Grande São Paulo, se pronunciou pela primeira vez na manhã desta terça-feira (3). Em entrevista exclusiva ao R7, o advogado da empresa, Maurício Monteagudo Flausino, disse que o caso trata-se de uma “catástrofe”.

O representante da Salema confirmou que a obra teve início no fim de 2010 e que já estava entre 70% e 80% concluída. Assim como a Prefeitura de Guarulhos divulgou pela manhã, o advogado afirmou que toda a documentação da obra estava regular. Flausino aproveitou para negar a versão, levantada no local pelo parente de um trabalhador, de que rachaduras tenham sido identificadas no prédio.

— Esse tipo de situação aparece das mais sórdidas pessoas e nós não temos essa informação. Um irmão pode dizer que tinha, um parente pode dizer que tinha, mas quem realmente trabalhava lá não está passando essas informações com mais precisão. São só nuances, circunstâncias, mas não há nos nossos relatos a informação de rachaduras. Era um prédio no finalzinho da obra, 70%, 80% concluído, não é viável que tenha algum tipo de rachadura ou problema de extremidade.

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O engenheiro civil Fernando Salema, dono da construtora, era o responsável pela construção. A reportagem do R7 tentou contato com ele, mas não obteve retorno. No Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia de São Paulo), o cadastro do profissional consta como ativo. Segundo o advogado da empresa, ele está bastante abalado com o caso, ainda tentando entender o que aconteceu, já que frequentaria a construção semanalmente.

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— Ele está abalado, emocionalmente e psicologicamente, porque não esperava esse tipo de situação, não sabe o que aconteceu e só vamos poder saber após a liberação das autoridades para podermos tomar as medidas cabíveis referentes ao imóvel.

Oficialmente, a Salema ainda não levantou o número exato de trabalhadores que atuavam nesse estágio da obra. No local falou-se em 13 ou 17 operários, mas Flausino afirmou que apenas oito eram contratados pela construtora. Os demais eram todos funcionários de outras empreiteiras, subcontratadas pela Salema. Entre eles estava Edenilson Jesus Santos, de 23 anos, que é procurado pelos bombeiros, já que costumava passar a noite na obra.

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O advogado da construtora explicou como vinha se dando a obra no prédio residencial de cinco andares, com 30 apartamentos e dois subsolos, ambos voltados para as garagens. O local onde Edenilson estaria ficava justamente no segundo subsolo.

— Temos uma empresa terceirizada trabalhando nessa obra. Então do nosso pessoal, da própria construtora Salema, e um pessoal terceirizado. Nós tínhamos o pessoal dos andaimes, era de uma empresa terceirizada, depois tínhamos o pessoal do gesso, era terceirizado, tínhamos gente terceirizada para a parte hidráulica, então praticamente funcionários nossos lá tinha mais ou menos uns oito, só que nenhum estava por lá (no momento do desabamento). Nós temos só a notícia do Edenilson, temos que apurar ver se ele estava lá ou ainda não. Até lá não podemos adentrar para fazer laudo ou qualquer coisa, enquanto tiver o trabalho dos bombeiros.

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