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Corregedoria da PM vai participar de investigações sobre chacina ocorrida em Campinas 

Homicídios aconteceram em bairros de uma mesma região e apresentaram sinais de execução

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Uma das hipóteses investigadas é se há policiais por trás da chacina
Uma das hipóteses investigadas é se há policiais por trás da chacina

A Corregedoria da Polícia Militar vai colaborar com as investigações dos assassinatos em série ocorridos entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira (13) em Campinas, no interior do Estado. A informação foi passada pelo Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella nesta terça-feira (14). Durante entrevista coletiva, ele justificou a participação da PM na apuração dos crimes.

— Para que não haja dúvida de que queremos esclarecimento completo dos fatos.

Grella classificou o caso como “prioritário” e “gravíssimo”. Segundo ele, a corregedoria vai atuar com o que for necessário em termos diligências que digam respeito à Polícia Militar.

— O comando vai viabilizar o fornecimento de elementos, de informações para que a Polícia Civil possa elucidar todos os aspectos. Não queremos que paire dúvidas sobre nenhuma hipótese.


Ao todo, 12 pessoas morreram em um espaço de tempo de aproximadamente quatro horas. Os homicídios aconteceram em bairros de uma mesma região da periferia de Campinas e apresentavam sinais característicos de execução. Os crimes ocorreram horas após o latrocínio de um policial militar que estava de folga. Uma das hipóteses investigadas é se há policiais por trás da chacina.

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Grella enfatizou que ainda é cedo pra qualquer definição sobre os autores da chacina e que todas as hipóteses serão apuradas. Ele não descartou, no entanto, a participação dos PMs e disse que, caso isso seja comprovado, não deve ser confundido com o prestígio da corporação.

— Só queria lembrar que uma instituição como a Polícia Militar tem relevantes serviços prestados à comunidade e tem cerca de 90 mil homens em suas fileiras. Portanto, uma isntituição com esse tamanho pode, sim, ter eventualmente algumas pessoas que tenham desvios. Mas o mais importante é o nosso compromisso, demostrado nesse período todo, com propósito de apurar e de responsabilizar quem quer que seja.


Ainda conforme Grella, o trabalho de investigação será acompanhado pelo Ministério Público. Entre esta terça-feira (14) e quarta-feira (15), cerca de 15 testemunhas serão ouvidas e a maioria terá identidade preservada. O conteúdo dos depoimentos também está sendo mantido em sigilo.

— Vamos aguardar os resultados das perícias, tanto das necrópsias quantos dos exames de local e de balística. Todas as diligências cabíveis serão realizadas com propósito de elucidar os fatos.

Corpos

Durante velório de vítimas da chacina, nesta segunda-feira (13), dois corpos foram levados de volta para o IML (Instituto Médico Legal) para a realização de novos exames. Grella explicou que havia suspeita de que ainda existissem projéteis nos corpos, que precisaram passar por raio X.

— Não é praxe. Houve um equívoco e foi corrigido a tempo. O importante é que se corrija o erro e não se jogue para debaixo do tapete. O que nós queremos é o esclarecimento completo e correto de todas as situações, desde a perícia até o local.

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