Dois meses depois do início do programa da prefeitura de São Paulo para recuperar usuários da região da Cracolândia, cerca de 40% das 386 pessoas cadastradas já desitiram de participar da iniciativa. De acordo com dados divulgados pelo poder municipal nesta quinta-feira (13), 132 usuários foram embora da região e 26 simplesmente abandonaram o programa.
A ação Braços Abertos, que teve início no dia 14 de janeiro, oferece alojamento, alimentação e trabalho para os usuários de crack, sem exigir o abandono das drogas como contrapartida. Na última quarta-feira (12), outros 79 usuários foram incluídos no programa, depois de serem monitorados e identificados como usuários constantes da droga na região. Treze pessoas foram reintegradas às suas famílias, mas permaneceram no projeto.
O prefeito Fernando Haddad disse que se trata também de um “processo de recuperação urbana”.
— Era uma região com permissividade de consumo de droga e hoje vemos comércios se erguendo, carrinhos de bebê [...] É uma política de desestímulo da aglomeração na região com a finalidade de usar droga. Aqueles que vão na região esporadicamente recomendamos que a pessoa deixe de consumir a droga. O objetivo é que a região perca a característica de feira livre de drogas.
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No total, oito hotéis estão cadastrados para abrigar os usuários. De acordo com o secretário municpal de segurança urbana, Roberto Porto, esses lugares são monitorados pela Assistência Social e pela Secretaria de Saúde e não há informação de consumo de crack nos corredores.
Comércios
Funcionários da Subprefeitura da Sé lacraram e concretaram a porta de três bares na rua Dino Bueno nesta quinta-feira. Os imóveis não tinham alvará de funcionamento e, segundo a Polícia Militar, traficantes poderiam estar utilizando alguns comércios da região como apoio. Trinta traficantes foram presos em flagrante na região desde janeiro.