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Defesa ataca acusação e diz que não há provas para condenar Mizael Bispo

Após debate, promotoria abriu mão da réplica; jurados decidem hoje destino do réu

São Paulo|Ana Cláudia Barros e Vanessa Beltrão, do R7

Advogado atacou acusação e disse que não há provas para condenação de réu
Advogado atacou acusação e disse que não há provas para condenação de réu Advogado atacou acusação e disse que não há provas para condenação de réu

A defesa de Mizael Bispo, acusado de assassinar a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010, usou as duas horas de debate, que aconteceu nesta quinta-feira (14), para atacar a acusação. O advogado Ivon Ribeiro foi o último a falar e afirmou que não há provas para condenar o réu. Após o debate, o promotor Rodrigo Merli abriu mão da réplica e, após um breve intervalo, os jurados se reunirão na Sala Secreta para traçar o destino do réu.

Durante o debate, a defesa disse que a acusação tem “memória seletiva”. A afirmação se refere aos e-mails trocados entre a vítima e o acusado antes do desaparecimento da advogada, em maio de 2010, que foram lidos em plenário.

Segundo Ribeiro, o assistente de acusação Alexandre de Sá Domingues fez uma "bela edição" dos e-mails. O defensor do réu insinuou que apenas foram mostradas partes que interessavam aos responsáveis por condenar o réu. O advogado trouxe duas correspondências eletrônicas dos dias 5 e 6 de maio, mostrou aos jurados e leu em plenário. Provocando Sá, Ribeiro comentou que “lê [o conteúdo] integral”.

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Mais cedo, Sá leu trechos de e-mails em que o acusado dizia para Mércia: "não nasci para sofrer", "cansei de verdade, do fundo do meu coração", "tudo tem limite e o meu já deu" e "chega de descaso".

Já as correspondências eletrônicas que foram trazidas ao plenário pela defesa tratavam apenas de questões de trabalho. Mizael Bispo e Mércia Nakashima foram sócios em um escritório de advocacia.

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A questão dos e-mails já tinha sido enfatizada antes pelo também advogado do réu, Samir Haddad. Ele disse que a frase “seja feliz, mesmo longe de mim” não foi usada, insinuando também que a acusação usou apenas o que interessava.

Delegado

Ivon Ribeiro destacou, ainda, que a acusação não foi capaz de mostrar no processo provas que incriminassem o réu. Na avaliação dele, foram “três anos de falácia”, pois “não há nada de concreto”.

Ribeiro chamou ainda o delegado Antônio de Olim, responsável pela investigação do crime, de "fanfarrão" e disse que ele nunca havia investigado um homicídio antes da morte de Mércia.

"Amigos"

O defensor Samir Haddad iniciou o debate falando que se tornou amigo do seu cliente e que tem “1000% de certeza de que não foi ele [Mizael]”.

— Eu acredito nele como pessoa e pelas provas que foram apresentadas nesse plenário.

Provas

Ivon Ribeiro também criticou os elementos do processo. Se referindo ao Mizael, concluiu que não tem “uma prova

contundente que apontasse aquela pessoa que sentou no banco [dos réus]como responsável por aquele fato”. Para ele, não há absolutamente “nada de concreto”.

— Sem a famigerada prova, não dá para condenar.

No fim da sua explanação, ressaltou que não existe documentos para condená-lo.

— As mentiras que foram contadas dentro do plenário e versões enviesadas. Querem condenar, tragam provas concretas. Peço que ao analisarem, optem por absolver esse moço.

Família

Durante a explanação da defesa, o pai e o irmão de Mércia Nakashima permaneceram tranquilos e na maior parte

do tempo de cabeça baixo. Já a mãe da vítima, ficou atenta a todos os detalhes. O réu acompanhou tudo de cabeça baixa. 

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