Para tentar desqualificar as provas contra Mizael Bispo, acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, a defesa do ex-policial militar arrolou quatro especialistas como testemunhas para o julgamento que começa na próxima semana. De acordo com o advogado do réu, Ivon Ribeiro, eles são profissionais da área de biologia e telefonia. — Vamos discutir as provas da acusação, que quer mostrar que ele esteve na represa [em Nazaré Paulista onde a vítima foi assassinada]. E discutir as ligações [telefônicas]. O julgamento de Mizael Bispo começa a partir da próxima segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo, e será transmitido em tempo real pela televisão. A previsão é de que o júri dure de quatro a cinco dias. O crime aconteceu em maio de 2010. Para completar o rol das cinco testemunhas de defesa, Ribeiro afirmou que contará com o depoimento de uma mulher que prestou serviços para o casal durante os dois primeiros anos de namoro. Mizael Bispo e Mércia Nakashima ficaram juntos por quatro anos e dois meses. — Ela vai falar de como era a vida deles, do trabalho deles. Ela não era secretária contratada, mas fazia alguns trabalhos a pedido deles.Família de Mércia Nakashima acusa defesa de Mizael de usar "influência" para entrar com recursos na JustiçaMãe de Mércia Nakashima diz que ficou supresa ao saber que Mizael Bispo tinha se entregadoÁlibi Uma garota de programa que seria o suposto álibi de Mizael Bispo, já que o policial reformado disse estar com ela quando Mércia despareceu, não foi localizada, de acordo com Ribeiro. — No dia, ele estava próximo ao hotel, passou por ela, mexeu com ela e a moça sorriu. Então, Mizael chamou a moça para tomar alguma coisa. Ela subiu no carro e passaram umas três horas. Ele não a conhecia. O encontro deles foi num hotel a 300 m do local onde ele havia deixado parado o carro dele [no Hospital Geral de Guarulhos]. O hotel ficava no mesmo alinhamento do hospital. Segundo Ribeiro, “nenhum elemento surpresa” será levado ao júri, já que “tudo está no processo”. Segundo ele, será mostrado no plenário que quando o carro foi jogado na represa Mizael estava “48 km longe do local dos fatos”. — Vamos mostrar aos sete jurados o teor do processo.