Defesa reconhece agressão, mas nega que jovem apanhou por ser gay
Advogado entrou com um pedido de liberdade provisória
São Paulo|Do R7
O advogado dos suspeitos de terem agredido um estudante de direito em Pinheiros, Joel Cordaro, reconheceu a agressão, mas negou que ela tenha tido motivação homofóbica.
— Que ele foi agredido não tenha dúvida, mas ele procurou também. Com relação à opção sexual dele, isso é problema dele. O negócio de homofobia não existe isso.
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Ainda de acordo com Cordaro, a discussão começou por conta de uma faixa de pedestre. Na versão da defesa, o desentendimento teve início quando os jovens pararam na faixa de pedestre e a vítima, o estudante de direito André Baliera, teria mostrado o dedo do meio para os supostos agressores, o estudante Bruno Portieri e o personal trainer Diego de Souza.
— Bruno desceu e pediu para que ele fosse embora. Ele (vítima) pegou uma pedra no chão e atirou contra o carro. Nesse momento, o Diego foi falar com ele, houve um desentendimento.
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O advogado também afirmou que há “um sensacionalismo” por parte do estudante de direito.
— Tem um depoimento da vítima falando que pegou uns óculos do meu cliente e quebrou. Ninguém em sã consciência, sabendo o tamanho dos dois, iria fazer isso, a não ser que quisesse chamar atenção. O que eu acho que não está sendo correto é que ele agora quer se passar por vítima por ser homossexual.
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Na última segunda (2), os jovens foram detidos e indiciados por tentativa de homicídio. A agressão ao estudante de direito, André Baliera, que é homossexual, teria ocorrido, por volta das 19h desta segunda-feira na rua Henrique Schaumann, no bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. A vítima ficou com o rosto ferido.
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Os jovens permanecem detidos na carceragem do 91° Distrito Policial. Hoje eles devem ser transferidos para o Centro de Detenção Provisória de Osasco. O advogado Joel Cordaro já entrou com um pedido de liberdade provisória e relaxamento de flagrante. Ele também vai pedir a descaracterização da tentativa de homicídio.