Em quarentena, SP tem menor taxa de acidentes de trânsito desde 2015
Com 2.321 mortes, estado registrou o menor número em um semestre desde que dados começaram a ser compilados por série histórica do Infosiga
São Paulo|Do R7
A quarentena no estado de São Paulo reduziu o número de acidentes de trânsito para as menores taxas registradas em um semestre desde o ano de 2015, início da série histórica do levantamento realizado pelo Infosiga, do governo estadual. De janeiro a junho deste ano foram registrados 2.321 óbitos no Estado, menor número já registrado pelo balanço.
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O relatório apontou queda de 11% em óbitos e de 16% nos acidentes, que incluem também ocorrências não fatais, na comparação com o ano passado. Os idosos foram o grupo social mais beneficiado com a redução na movimentação: durante a quarentena, óbitos entre este grupo no trânsito caíram 47%.
Já os acidentes totais reduziram 30%, passando de 51,3 mil ocorrências para 35,6 mil neste ano.
Ao cruzar os dados do Infosiga SP com o índice de isolamento do Simi (Sistema de Monitoramento Inteligente) do Governo do Estado, o relatório verificou que os acidentes aumentam ou reduzem praticamente na mesma proporção.
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O perfil da vítima de trânsito no Estado é homem (83%), jovem (26%) e condutor do veículo (60%). Os acidentes estão concentrados no período da noite (53%) e nos finais de semana (46%). A maior parte das vítimas (54%) falece nos hospitais.
Mortes por veículo
Os motociclistas seguem liderando as estatísticas de mortes e acidentes, apesar da redução neste ano. Ao todo, foram 891 mortes contra 916 no primeiro semestre de 2019 (-2,7%). Entre os ciclistas, foram 6 mortes a mais (204 casos neste ano contra 198, aumento de 3%).
Acidentes fatais envolvendo ocupantes de automóvel e pedestres tiveram as maiores reduções. Foram 526 mortes envolvendo automóveis contra 637 no ano passado, queda de 17,4%. Entre os pedestres, a redução foi similar (16,8%), com 564 vítimas neste ano contra 678 em 2019. Entre os ciclistas, foram 6 mortes a mais (204 casos neste ano contra 198, aumento de 3%).