Especialista em meio ambiente, o engenheiro Antônio Carlos Vendrame considera improvável a chuva tóxica na região do Porto de Santos, atingido por um incêndio desde quinta-feira (2). O especialista, porém, afirma que o incêndio que atinge o Porto de Santos pode contaminar o solo da região. — Os gases se dispersam. A próxima chuva não será prejudicial à saúde da população. O maior risco é a contaminação do solo, se um líquido vazar. Vendrame explica que o dióxido de carbono, resultado da combustão, está presente no ar. — Por exemplo, [há razoável concentração de dióxido de carbono] em uma garagem. Então, é normal que a população respire esse ar. Em Santos, a proporção é maior. Mas, como falei, o gás se dispersa no ar rapidamente.Leia mais notícias sobre São Paulo De acordo com José Roberto Rodrigues Oliveira, coordenador da Defesa Civil e chefe da Casa Militar do Estado, os produtos químicos que poderiam causar dano à população já foram retirados dos tanques próximos ao incêndio. — [Os produtos] foram isolados em outros tanques, a uma distância de 1 km. A Defesa Civil, porém, tem o plano de evacuação caso o cenário piore. Em caso de vazamento de fumaça tóxica, aproximadamente 400 pessoas seriam removidas da região da Alemoa.Peixes mortos Ainda neste domingo (5), peixes mortos foram vistos no canal do Porto de Santos, a aproximadamente dois quilômetros do incêndio. Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), foram coletados peixes do estuário e do rio Cubatão para a identificação das causas da mortandade. Além disso, os técnicos coletaram água em Alfandega, terminal Rodrimar, BTP, Pier Alemoa e rio Casqueiro. As amostras foram encaminhadas ao laboratório e estão em processo de análise.Escolas e postos de saúde Segundo a prefeitura, todas as escolas municipais da cidade vão funcionar normalmente nesta segunda-feira (6). Não há alteração de planos nem para as dez unidades localizadas em regiões próximas ao incêndio. As policlínicas da Prefeitura de Santos também funcionarão normalmente nesta segunda-feira (6). Não há qualquer alteração de expediente para atendimento ao público. A Secretaria de Saúde diz não ter registrado aumento de procura por problemas respiratórios nos prontos-socorros municipais em decorrência do incêndio, ressalta.*Colaborou Plínio Aguiar, o estagiário do R7
