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"Está tentando defender o indefensável", diz vereador sobre depoimento de presidente da Sabesp em CPI

Durante sessão na Câmara Municipal, Dilma Pena negou racionamento na cidade de SP 

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Dilma Pena prestou depoimento na CPI da Sabesp nesta quarta
Dilma Pena prestou depoimento na CPI da Sabesp nesta quarta Dilma Pena prestou depoimento na CPI da Sabesp nesta quarta

Convocada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada para investigar contratos firmados entre a Prefeitura de São Paulo e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), a presidente da companhia, Dilma Pena, reiterou que não há racionamento de água no município. A declaração foi dada nesta quarta-feira (8), em sessão na Câmara Municipal e causou irritação no plenário, já que o Estado vive uma grave crise hídrica. 

Hoje, o volume do Sistema Cantareira chegou a 5,5% da capacidade, atingindo o nível mais baixo da história. As represas do sistema são responsáveis pelo abastecimento de água de quase metade da região metropolitana de São Paulo.

O R7 conversou com o presidente da CPI durante intervalo da sessão. O vereador Laércio Benko (PHS) considerou que as respostas de Dilma Pena, até esta primeira etapa do depoimento, foram “insatisfatórias”.

— Ela está tentando defender o indefensável. Em um primeiro momento, as informações foram insatisfatórias e inconclusivas, porque há racionamento, sim. Há falta de água. Para a população, o importante não é termo racionamento. O importante é a falta de água.

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Segundo a assessoria de imprensa do vereador, a presidente da Sabesp exibiu um vídeo com dados técnicos, mas o entendimento foi que o material não remeteu à pergunta principal feita pelos parlamentares, que é sobre a falta de água na cidade, que impacta a população, principalmente, a mais carente. A assessoria informou também que Dilma alegou que pressurização e a despressurização são medidas técnicas para que não haja racionamento de água no município.

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Na avaliação do presidente da CPI, houve negligência por parte do poder público, que não investiu na captação e na distribuição de água.

— O que nós vimos, a partir do próprio material mostrado por ela [Dilma Pena], foi que nos últimos seis anos, não se reduziu em nada o desperdício de água na rede de distribuição, ou seja, os vazamentos na tubulação velha da Sabesp. É uma tristeza a forma como esse problema vem sendo administrado pelo poder público nos últimos anos.

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Por volta das 14h, a sessão foi suspensa. A presidente da Sabesp voltará a depor na próxima quarta-feira (15).

Torneiras secas

Embora o racionamento de água em São Paulo não tenha sido decretado oficialmente, moradores de diferentes regiões da capital relatam cortes constantes no abastecimento, sobretudo, durante o período noturno e a madrugada. Em reportagem publicada nesta terça-feira (7), o R7 mostrou que moradores de bairros das zonas leste, norte, sul e oeste afirmam ser rotineira a suspensão no fornecimento de água.

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