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Estado quer construir megacomplexo na Imigrantes

Ambientalistas dizem que haverá impacto em reserva ambiental

São Paulo|

O governo estadual quer transformar o Centro de Exposição Imigrantes, na zona sul da capital, em um megacomplexo de eventos com quase o dobro do tamanho atual. A ideia é construir um pavilhão de exposições com 50 mil m², um hotel para receber turistas e um centro de convenções, além de reformar as estruturas já existentes. Ambientalistas protestam contra a medida, alegando impacto a uma das últimas reservas de Mata Atlântica na mancha urbana da Grande São Paulo.

A proposta faz parte de projeto de lei enviado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Assembleia Legislativa, que prevê a retirada de uma área de 167 mil m² que hoje pertence ao Parque Estadual Fontes do Ipiranga, antigo Parque do Estado. Essa área abriga prédios institucionais de órgãos como a Secretaria da Agricultura e será incorporada ao centro de exposições, que fica bem ao lado. A ampliação, segundo o governo, é importante para estimular o turismo de negócios na capital e não trará impacto ambiental significativo.

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Atualmente, o centro de exposições é administrado por uma empresa contratada pelo governo, mas essa concessão vai expirar em março do próximo ano. Uma nova licitação, portanto, deverá ser feita para contratar o novo administrador. Ele terá de investir cerca de R$ 320 milhões nos 30 anos de concessão para as obras de ampliação do local. Além disso, outros R$ 26 milhões serão gastos para as compensações viárias.

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Parte do lucro gerado pelo negócio vai para a conta do governo, uma vez que será exigido um valor de outorga da empresa vencedora da concessão — quem oferecer o maior valor leva o negócio. Também está previsto o repasse anual de 1% do faturamento para os cofres estaduais. A expectativa é de que o pavilhão de exposições fique pronto até 2014. O hotel e o centro de convenções devem ser inaugurados entre 2017 e 2018.

Para o ambientalista Júlio Andrade, diretor executivo da ONG Pick-upau — que faz parte do conselho de defesa do parque —, o impacto ambiental do projeto é gigantesco.

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— A impermeabilização desse local, que hoje tem espaços abertos e funciona como corredor para a fauna e como área de amortização, será imensa. Aqui temos bugios, répteis e marsupiais vivendo livremente. O aumento do fluxo de pessoas também vai afetar esse equilíbrio.

Ele afirma que a ONG vai pressionar a Assembleia para mudar o projeto.

Funcionários públicos dos prédios que serão desocupados também criticam a proposta. Além de reclamar do aumento do deslocamento até o trabalho — uma vez que a maioria mora por ali e os órgãos deverão ser transferidos para o centro da cidade — e de outras facilidades como creches e ambulatórios, eles dizem que os locais passaram por reformas recentes, pagas com dinheiro público. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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