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Ex-governador de SP será testemunha no julgamento do massacre do Carandiru 

Luiz Antônio Fleury Filho era governador na época do crime; 26 PMs vão a júri 

São Paulo|Vanessa Beltrão, do R7

Luiz Antônio Fleury Filho era governador na época do crime
Luiz Antônio Fleury Filho era governador na época do crime Luiz Antônio Fleury Filho era governador na época do crime

O ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho será testemunha de defesa no julgamento de 26 PMs acusados de participar do massacre do Carandiru, em 1992. 

Além dele, foram convocados pela advogada dos réus, Ieda Ribeiro de Souza, o ex-secretário de Segurança Pública, Pedro Franco, coronéis da PM, funcionários públicos que participaram direta ou indiretamente da ação e três desembargadores que em 1992 eram juízes da vara de execução penal de São Paulo.

Ieda afirmou que não vai usar durante o julgamento vídeos do fato e que talvez mostre uma reconstituição usando fotos da época. A defesa convocou dez testemunhas, quatro a mais do que a acusação.

O júri popular dos 26 PMs está previsto para durar duas semanas. Para a advogada de defesa, esse julgamento será muito mais político do que legal.

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— Espero que os jurados não levem para o campo político e que analisem de forma tranquila e com bastante isenção de ânimo.

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Serão julgados nesta segunda-feira os PMs que estavam no primeiro andar do pavilhão nove. O próximo júri, que ainda não tem data marcada, julgará os que ocupavam o segundo andar e assim sucessivamente. O prédio tinha quatro andares. 

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Relembre o caso

O massacre do Carandiru começou após uma discussão entre dois presos dá início a uma rebelião no pavilhão nove. Com a confusão, a tropa de choque da Polícia Militar, comandada pelo coronel Ubiratan Guimarães, foi chamada para conter a revolta.

Ao todo, 286 policiais militares entraram no complexo penitenciário do Carandiru para conter a rebelião em 1992, desses, 84 foram acusados de homicídio. Desde aquela época, cinco morreram e agora restam 79 para serem levados a julgamento.

Até hoje, apenas Ubiratan Guimarães chegou a ser condenado a 632 anos de prisão, porém um recurso absolveu o réu e ele não chegou a passar um dia na cadeia. Em setembro de 2006, Guimarães foi encontrado morto com um tiro na barriga em seu apartamento nos jardins. A ex-namorada dele, a advogada Carla Cepollina, foi a julgamento em novembro do ano passado pelo crime e absolvida.

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