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Exame confirma que vizinhos ouviram tiros que mataram família de PMs na Brasilândia

Polícia atirou com arma do mesmo modelo usada no crime e usou aparelho para medir barulho

São Paulo|Do R7, com Balanço Geral

Perícia Científica, junto com equipes do DHPP, faz reconstituição, na madrugada desta segunda, na casa da família Pesseghini
Perícia Científica, junto com equipes do DHPP, faz reconstituição, na madrugada desta segunda, na casa da família Pesseghini Perícia Científica, junto com equipes do DHPP, faz reconstituição, na madrugada desta segunda, na casa da família Pesseghini (EDISON TEMOTEO/ESTADÃO CONTEÚDO)

Os peritos fizeram uma reconstituição na casa da família Pesseghini na madrugada desta segunda-feira (19), na zona norte de São Paulo. Eles atiraram com uma arma do mesmo modelo usado no crime. A Polícia Científica queria saber se os dois vizinhos que dizem ter ouvido os tiros podem realmente ter escutado os disparos.

Para isso, os peritos usaram um decibelímetro que mede a intensidade do barulho, como explica Hermindo Lopes Filho, perito da Polícia Científica.

— Nós posicionamos o equipamento exatamente onde as pessoas ouviram os disparos e fizemos a medição.

Antes dos disparos, os peritos da Polícia Científica se debruçaram sobre os depoimentos prestados pelos vizinhos. Eles mencionam que ouviram os tiros no começo da madrugada e que houve um intervalo de segundos entre cada um. Primeiro morreram os pais: o sargento da Rota, Luis Marcelo Pesseghini, de 40 anos, e a mulher dele, o cabo Andreia Bovo Pesseghini, de 36.

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Os dois primeiros estampidos aconteceram à 0h20. Dez minutos depois, à 0h30, os vizinhos relatam ter escutado outros três tiros. Para a polícia, os últimos disparos mataram as irmãs, Benedita de Souza Bovo, de 65 anos, e Bernadete Oliveira da Silva, de 55, avó e tia-avó de Marcelo Pesseghini, o garoto de 13 anos suspeito do crime. Para fazer a medição na casa, os peritos usaram uma arma .40. O mesmo modelo da pistola que, segundo a investigação, foi usada por Marcelo para atirar nas vítimas. A pistola era do cabo Andreia.

Antes da perícia, os policiais isolaram o quarteirão em que a família morava. O perito Hermindo Lopes Filho, que comandou a ação, também não teve dúvidas. O som pôde ser ouvido dentro das casas.

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— O equipamento acusou, que é o que mais interessa pra nós é o equipamento e não a audição das pessoas, e o equipamento acusou bem no instante dos disparos a medição.

A casa onde a família foi encontrada morta já havia passado por duas perícias. Os corpos dos policiais, da avó, da tia-avó e do adolescente foram encontrados no começo da noite de segunda-feira, 5 de agosto. Um tio da família e irmão das senhoras mortas foi até a casa com um policial porque não estava conseguindo contato telefônico com as vítimas. 

Já no primeiro dia, o comando da Polícia Militar levantou a possibilidade de o filho do casal ter matado toda a família e se suicidado em seguida. Essa virou a principal linha de investigação depois que a polícia teve acesso a um vídeo. A gravação mostrou um carro do cabo Andreia passando em frente à escola onde o menino estudava. Era começo da madrugada. Ele estacionou e só saiu do veículo na manhã seguinte. Ele atravessou a rua e caminhou tranquilamente para a aula. A polícia acredita que, nesta hora, a família já estava morta.

Assista ao vídeo:

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