Familiares e amigos pedem a liberdade de jovem em SP: "Tem um inocente preso"
Segundo parentes, rapaz foi condenado a 15 anos por crimes que não cometeu
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Cerca de 50 pessoas se reuniram no início da noite desta terça-feira (11) em frente a sede da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), no centro da capital paulista, para pedir a liberdade de Igor Barcelos Ortega, 20 anos. O jovem foi preso no dia 2 de outubro de 2016 e condenado a 15 anos e 6 meses de prisão no início de junho.
Igor responde pelo roubo de um carro e um celular de José Kauê Leal Amorim, e uma uma suposta tentativa de latrocínio contra o soldado da PM Felipe Bruno. De acordo com a família, Igor estava a 16 km do local no horário em que aconteceu o crime contra o PM.
Para Tadeu da Silva, pai de Igor, a manifestação é uma tentativa da família de "chamar atenção dos órgãos responsáveis para verem que tem um inocente preso". Tadeu ainda destaca que "se fosse um rapaz branco de olhos azuis, nessa hora estaria em casa".
Enquanto os amigos e familiares gritavam pedindo por justiça, o 1º Sargento da PM Santanna, que fazia a segurança do prédio, filmava com seu aparelho celular o ato.
Por volta das 18h, os manifestantes fecharam a via e permaneceram por cerca de 30 minutos, até a chegada de Robson Cabral, que se identificou como assessor da SSP. Na negociação de Cabral com a família, o assessor foi objetivo: "se não liberar minha via, não vamos conversar".
O assessor disse ainda à família que, como Igor já foi condenado, o protesto em frente a SSP não fazia sentido. Cabral aceitou uma conversa em sua sala, dentro da secretaria, após os manifestantes liberarem a passagem dos veículos.
Depois da conversa entre os pais de Igor e o assessor da SSP, os manifestantes caminharam pelo Largo São Francisco, rua Benjamim Constant, Praça da Sé até finalizar o ato, por volta das 19h30, em frente à Secretaria de Justiça de SP, no Largo Pátio do Colégio.
Em frente a secretaria, os manisfestante finalizaram dizendo, em forma de jogral puxado pelo integrante de um movimento negro: "nós continuaremos lutando pela liberdade do Igor".