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Fiscal preso torcia pela eleição de Kassab para governador de São Paulo em 2014

Jornal revela áudio em que Luís Magalhães cogita retomar esquema de corrupção

São Paulo|Do R7

Auditor Luís Alexandre Magalhães foi o único que deixou a prisão após aceitar colaborar com as investigações
Auditor Luís Alexandre Magalhães foi o único que deixou a prisão após aceitar colaborar com as investigações DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais um áudio da investigação da fraude milionária na Prefeitura de São Paulo envolve o nome do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Em interceptação telefônica autorizada pela Justiça, o auditor Luís Alexandre Cardoso Magalhães cogita retomar o esquema com outros dois fiscais caso Kassab seja eleito governador no ano que vem. A gravação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira (8).

"Pelo menos você ficou um pouquinho tranquilo, né? Ideal mesmo é estar os três juntos", afirma Magalhães na ligação. Seu interlocutor não identificado responde: "Minha esperança é o governador ganhar a eleição para governador". A conversa continua.

— É, pois é. Aí tá todo mundo bem.

— Mas acho que ele não ganha, não. Para governador, é muito difícil.


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De acordo com a Folha, os "três juntos" mencionados por Magalhães são ele e os fiscais Eduardo Harle Barcello e Carlos Augusto di Lallo, que também foram presos. Não estaria incluído no grupo o auditor apontado pelo Ministério Público como chefe do esquema, Ronilson Bezerra Rodrigues. De acordo com o jornal, houve uma indisposição do trio com Ronilson.


Procurado pela Folha, Kassab não comentou a conversa que integra a investigação. Áudio revelado na quinta-feira (7) mostrava Ronilson afirmando que Kassab sabia da propina cobrada das construtoras em troca da redução de impostos.

Festa do prefeito


Outra gravação divulgada pelo jornal mostra Ronilson festejando o tratamento recebido na comemoração do aniversário do prefeito Gilberto Kassab, em 12 de agosto. A conversa é iniciada por Paula Nagamatti, amiga dele.

— Você foi aí na festa do Kassab, o pessoal te abraçou.

— Fui tratado como subsecretário, é outro papo, é outra coisa. Não fui tratado mais como auditor, como p*** nenhuma.

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Segundo a Folha, Kassab disse em nota que 500 pessoas participaram de sua festa em agosto e que não tem relação pessoal com servidores.

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