Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

'Foi covardia com o PM', diz mulher que perdeu filho na chacina de Osasco

Morte de policial pode ter motivado assassinatos em série ocorridos na grande São Paulo

São Paulo|

Filho de Zilda foi uma das vítimas de chacina em Osasco
Filho de Zilda foi uma das vítimas de chacina em Osasco Filho de Zilda foi uma das vítimas de chacina em Osasco

Há dez dias, a empregada doméstica Zilda Maria de Paula assistia televisão sentada no sofá ao lado do filho único, o pintor Fernando Luiz de Paula, em um beco apertado de Osasco, na Grande São Paulo. Na tela, um vídeo mostrava o assassinato do cabo da Polícia Militar Avenilson Pereira de Oliveira, em um posto de combustível na mesma cidade.

As imagens impressionaram Zilda, de 62 anos, que comentou com o filho: "Nossa, Fernando, foi brabo o negócio". "Pois é, mãe, foi feio mesmo", respondeu Fernando.

O crime que surpreendeu mãe e filho faz parte da principal linha de investigação da polícia, que busca respostas para explicar a maior chacina da história de São Paulo. A suspeita é de que colegas do PM assassinado tenham vingado a morte do policial.

Uma das 18 vítimas da chacina foi Fernando, de 34 anos, o filho de Zilda. Ele e mais sete homens foram executados na primeira ação dos bandidos, no bar na Rua Antônio Benedito Ferreira.

Publicidade

— Foi muita covardia segurar o PM e matá-lo. Mas aí os caras vêm e fazem pior? Matam sem chance de defesa, em um momento de descontração?

Bar foi principal alvo de atiradores em ataques na Grande SP. Veja imagens do local

Publicidade

Corpos de vítimas de chacina que matou 18 pessoas são enterrados neste sábado. Veja imagens

Uma testemunha viu quando quatro homens desceram de um carro prata, armados e encapuzados.

Publicidade

— Não teve abordagem. Chegaram atirando.

Ao ver o quarteto empunhar as pistolas, a testemunha correu para uma igreja próxima. Ouviu os tiros e voltou para tentar salvar quem ainda respirava.

— Na aparência, estava todo mundo morto.

Com o apoio do grupo Mães de Maio, Zilda está organizando uma missa de 7º dia para a próxima quinta-feira (20), na frente do bar onde oito morreram.

— A morte dele, eu estou aceitando. Só não estou aceitando como aconteceu. Disseram que ele se ajoelhou e colocou as mãos na cabeça. Atiraram mesmo assim.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.