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“Foi uma pena muito branda”, diz irmão de Mércia Nakashima sobre sentença de Mizael Bispo

Márcio Nakashima adiantou que vai pedir revisão da pena do PM reformado

São Paulo|Ana Cláudia Barros, do R7

Irmão de Mércia considerou pena de Mizael Bispo branda
Irmão de Mércia considerou pena de Mizael Bispo branda Daia Oliver

Márcio Nakashima, irmão de Mércia Nakashima, morta em 2010, afirmou que o resultado do julgamento de Mizael Bispo foi uma decepção para a família e considerou que a “pena foi muito branda”. O policial militar reformado foi condenado, nesta quinta-feira (14), a 20 anos de prisão. De acordo com Márcio, a família esperava uma pena de 30 anos ou mais e adiantou que vai pedir revisão da pena.

— Foi uma pena muito desproporcional à gravidade do crime, a violência aplicada no crime. A falta que a Mércia vai nos fazer é imensa. 

Questionado sobre o que seria uma pena justa para a família, Márcio disse que “não existe uma pena justa, mas que esperavam [família] uma pena exemplar”.

— Acho que a impunidade é a grande promotora da criminalidade. A partir do momento em que o magistrado não aplica uma pena condizente com um crime de grande violência, de grandes requintes de crueldade, ele está praticando impunidade. Então, para a gente foi uma pena muito branda.


Julgamento

Mizael foi considerado culpado pelo crime de homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Durante a leitura da sentença, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano destacou que o fato de o réu ter mentido foi considerado um agravante. Cano afirmou ainda que "gestos de amor jamais podem levar a pessoa amada à morte". Emocionados, os familiares de Mércia ouviram a sentença de mãos dadas. Ao fim da leitura, o juiz também se emocionou. Com a voz embargada, ele agradeceu aos defensores, aos advogados, jurados e todos os presentes no plenário.

Sete jurados — cinco mulheres e dois homens – decidiram o destino de Mizael durante o júri popular que começou na segunda-feira (11), no Fórum Criminal de Guarulhos, Grande São Paulo. Ao todo, foram ouvidas nove testemunhas — cinco da acusação, três da defesa e uma do juízo. Inicialmente, estavam previstas 11, mas duas foram dispensadas pelos advogados do réu.

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