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Fotógrafo tem lente quebrada em ato e denuncia segurança do metrô: "Veio por trás com um cassetete"

Manifestação de estudantes terminou em confusão na estação da Sé na tarde de segunda

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Lente de fotógrafo que cobria protesto no metrô foi quebrada
Lente de fotógrafo que cobria protesto no metrô foi quebrada Lente de fotógrafo que cobria protesto no metrô foi quebrada

O fotógrafo André Lucas Almeida, de 24 anos, acompanhava o protesto dos estudantes contra a reorganização escolar, ocorrido na tarde desta segunda-feira (21) em São Paulo, quando teve sua lente quebrada. Segundo Almeida, um dos seguranças do metrô deu um golpe de cassetete no equipamento. O fotógrafo estava dentro da estação da Sé quando houve a agressão.

— Eu dei um passo para trás e o cara veio nas minhas costas e deu uma cassetada na lente e ele estava sem identificação. Eu fui questionar isso e ele disse que se eu estava lá [no protesto] eu estava disposto que acontecesse algo comigo e que eu poderia procurar os meus direitos.

Na sequência, segundo Almeida, o segurança saiu de canto. Ele trocou a lente de máquina e começou a fazer novas fotos, mas foi intimidado pelo agente.

— Do outro lado da catraca estava a Polícia Militar. Ele [segurança] virou para mim e falou: "A minha tropa é maior" e apontou para trás.

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Almeida acompanhou o ato desde o Masp e o encerramento foi na estação da Sé do Metrô. Quando os estudantes decidiram que iam fazer um “catracaço” (pular as catracas da estação), ele e outros fotógrafos foram na frente, pagaram passagem e ficaram aguardando o grupo de jovens.

— Peguei meu bilhete único, passei da catraca e fiquei esperando eles passarem. Quando eles começaram a pular, o chefe da segurança falou: “Deixa passar”. Eles viram que era só estudante e deixaram. A atitude foi legal e os alunos não quebraram nada, não teve nenhum vandalismo.

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No entanto, segundo o fotógrafo, o grupo logo começou a se dispersar e um dos manifestantes ficou para trás. Quando esse jovem chegou na catraca, ficou com receio de pular.

— Foi quando um segurança que parecia mais exaltado falou: “Ninguém mais pula”. Quando o estudante tentou pular, o segurança começo a dar cassetada nele. Foi quando eu dei um passo pra trás e meu equipamento foi atingido.

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Segundo Almeida, foi nesse momento que começou a confusão entre os seguranças e alguns estudantes que ainda estavam por ali. Um vídeo mostra o momento em que um dos jovens é agredido por um agente do metrô. Depois da confusão, o fotógrafo conta que foi novamente intimidado pelo segurança.

— Ele cruzou o braço e me deu uma piscadinha. Perguntou se eu era mesmo da imprensa e pediu para anotar meu nome.

Almeida, que trabalha para a agência Futura Press, relatou que vai fazer um boletim de ocorrência do caso. A lente quebrada, segundo ele, não tem conserto e custa cerca de R$ 3.500.

Procurado, o Metrô informou não ter conhecimento do ocorrido. Em nota, declarou que um “grupo de manifestantes invadiu o sistema metroviário, burlando as catracas da estação Sé. Agentes de Segurança do Metrô, em conjunto com a PM, atuaram para conter o grupo de invasores. Mesmo sem pagar tarifa, alguns manifestantes conseguiram embarcar enquanto outros foram contidos e retirados da estação. A ocorrência está sendo apurada pela Companhia”.

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