Funcionários da CPTM ameaçam greve a 1 mês da Copa
Paralisação ainda deverá ser discutida entre empresa e trabalhadores na próxima semana
São Paulo|Do R7
Trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) poderão cruzar os braços a partir da quinta-feira (15). As diretorias dos quatro sindicatos que representam os funcionários decidiram ontem pela greve.
A companhia e representantes dos sindicatos vão se reunir na tarde de segunda-feira (12) no Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. A desembargadora Ivani Contini Bramante vai conduzir a audiência.
As pautas dos sindicatos não são as mesmas. Mas entre as principais reivindicações estão aumento do vale-alimentação, de R$ 100 para R$ 247, equiparando com o valor recebido pelos metroviários; redução da jornada de trabalho dos maquinistas, de oito para seis horas diárias; e reajuste salarial de 3,97%.
Funcionários ouvidos pelo R7 disseram temer que as direções dos sindicatos fechem um acordo parcial diretamente com a CPTM e só levem ao Tribunal Regional do Trabalho as questões financeiras. Nesse caso, planos de carreira e salários, por exemplo, não entrariam em discussão na Justiça.
Dois desses sindicatos (ferroviários da Zona Sorocabana e ferroviários da Zona Central do Brasil) ainda não receberam o que foi acordado no ano passado. A CPTM recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília, e conseguiu suspender a decisão de 2013.
Apesar da união dos quatro sindicatos, ainda não houve uma assembleia de trabalhadores unificada. A expectativa é de que ela possa acontecer no dia 14 e decidir definitivamente sobre a paralisação. Em nota, a CPTM diz que a audiência de segunda-feira é "para esclarecer eventuais dúvidas em relação ao acordo, na expectativa de reverter à posição dos trabalhadores pela interrupção dos serviços, prejudicando a população".